Segundo confinamento. O que mais há a fazer para nos protegermos da Covid-19?
Mais prevenção, comunicação assertiva, meios para interromper as cadeiras de transmissão. Ricardo Mexia, médico da saúde pública e epidemiologista, reforça aquilo que já devia estar a ser feito e o que podemos mudar para evitar contágios em Portugal.

Ricardo Mexia, médico da saúde pública e epidemiologista, está entre os especialistas que alertaram para a importância da prevenção, e da implementação de medidas de consciencialização que fossem além do confinamento. Agora que estamos prestes a entrar num novo período de isolamento que se prevê ser de 30 dias, o epidemiologista recorda aquilo que devia ser feito. "Já estamos a falar disto há algum tempo. A questão que se coloca é a necessidade de se ter planeado aquilo que ia ser a resposta, mobilizar os recursos para interromper as cadeias de transmissão, ter uma comunicação assertiva e clara para que as pessoas percebam que de facto temos que nos proteger, temos que identificar aquilo que são as nossas vulnerabilidades e tentar evitar exposições desnecessárias" recorda.
"Depois, naturalmente o reforço da capacidade de resposta, no que diz respeito aos nossos meios para interromper cadeias de transmissão eequilibrar o que é a resposta covid-19 com a resposta não covid-19, pois sabemos que as outras doenças também têm uma carga importante e que não pode ser ignorada."

Menciona a importância da vacinação, que em Portugal já começou por fases, mas aponta a morosidade do processo. "Sabemos que a vacina tem um papel importante, mas o seu impacto – fruto desta escassez, da dificuldade na sua produção – só vai ter relevância um pouco mais para a frente, e portanto até lá temos que nos manter atentos e não reduzir aquilo que são as nossas medidas que são fundamentais para controlar a pandemia."
Sobre as cadeias de transmissão, alerta: "Sabemos que neste momento a doença tem disseminação comunitária, nós só conseguimos identificar aqueles que são os elos de ligação – as ligações epidemiológicas – numa fração muito baixa dos casos. Seguramente que o contexto familiar, o contexto das reuniões, de eventuais refeições, são os contextos em que mais temos descritas infeções. Isto excepcionado a situação que é conhecida, até pelo seu impacto na mortalidade, que é a situação dos lares. É absolutamente dramática."
É missão de todos, por isso, fazer o máximo por cumprir as medidas estabelecidas pela DGS.

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