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O erro crasso que quase todos cometemos na casa de banho

Na era digital, o telemóvel é um companheiro fiel para nos entreter a qualquer hora, até mesmo no WC, colocando-o em contacto com germes nocivos.

Foto: IMDb
13 de julho de 2020 às 08:28 Vitória Amaral

À semelhança da maioria das pessoas, o seu telemóvel está provavelmente na sua mão a toda a hora. Pode sentir uma necessidade inconsciente de levá-lo consigo para todo o lado, até para a casa de banho. No entanto, já pensou se precisa mesmo de navegar pelas suas apps enquanto lá está, numa altura em que as suas mãos vão estar perto de ou em contacto com alguns germes potencialmente perigosos para a saúde?

A quantidade de micróbios no telemóvel de cada um varia com a frequência com que é desinfetado. A maioria dos especialistas garante que não é raro detetar no mínimo 100 000 germes e bactérias diferentes nos telefones, fazendo destes alguns dos agentes potencialmente mais nocivos com os quais entramos em contacto no dia a dia. Contudo, nem todos os micróbios a farão adoecer, claro, embora os agentes patogénicos (os organismos capazes de se reproduzir no organismo do seu hospedeiro, causando doenças infecciosas ou outras complicações), como a E.coli, sejam algo com que tem de ter cuidado. Estes podem estar escondidos na matéria fecal, que pela sua característica altamente contagiosa, podem despoletar uma intoxicação alimentar, gastroenterite ou gripe.

Esta contaminação é mais fácil do que poderá pensar, já que enquanto está na casa de banho toca em superfícies em que outras pessoas (ou você mesma) poderão ter estado anteriormente sem os cuidados essenciais de higiene, o que aumenta as probabilidades de apanhar os micróbios e transferi-los para o seu telemóvel. Outro fator apontado pela microbiologista Kelly Reynolds, professora na Universidade do Arizona, num artigo da revista Self, é que cada vez que puxa o autoclismo da sanita com a tampa aberta, este lança uma multiplicidade de germes para o ar, que podem pousar em superfícies da sua casa de banho, tornando as áreas ainda mais sujas.

No entanto, é importante ter em mente que o simples facto de ter um telemóvel sujo não é uma garantia automática de que vai adoecer, caso contrário isso aconteceria com muita mais frequência. Reynolds garante que a possibilidade de adoecer ou não quando se expõe a agentes patogénicos depende de vários fatores como a "frequência com que toca no seu telemóvel, nas superfícies da casa de banho e na sua cara, o seu sistema imunitário, os seus hábitos de lavagem das mãos e a desinfeção recorrente do telemóvel".

Para desinfetar o seu aparelho da forma mais correta e eficaz, várias empresas como a Apple desaconselham o uso de produtos de limpeza agressivos, optando por outros especificamente formulados para limpar ecrãs. Então, se está a pensar no que mais pode fazer para passar o tempo na casa de banho, sugerimos que de vez em quando finja que está nos anos 80 e leia um livro ou revista em vez de olhar para o telemóvel. Sim, o mais provável é que os contamine com os mesmos germes, mas ao contrário do telemóvel, não levará o livro ou revista em questão consigo durante todo o dia. Se sente que tem mesmo de o ter consigo, outra opção é mantê-lo longe da sanita ou do lavatório, para que fique longe dos germes mais nocivos até que lhe pegue depois de lavar as mãos - além de o desinfetar regularmente.

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