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Ivanka Trump apoia fim do programa de igualdade salarial de Obama

A filha de Donald Trump afirma que a política do antigo presidente não vai funcionar – mas não sugere nenhuma solução.

Ivanka Trump apoia fim do programa de igualdade salarial de Obama
Ivanka Trump apoia fim do programa de igualdade salarial de Obama Foto: Getty Images
01 de setembro de 2017 às 16:10 Margarida Ferreira

Donald Trump anunciou que iria descontinuar a iniciativa de Obama, criada em janeiro de 2016, que propunha a fiscalização da igualdade salarial. O programa do antigo presidente consistia em controlar os dados salariais das empresas com mais de 100 empregados, por género, raça e etnia, e seria posto em prática a partir de 2018.

Esta medida de Donald Trump pode ser vista como uma forma de proteger as grandes empresas de processos judiciais por descriminação salarial. Na verdade, o presidente já tinha revogado, anteriormente, outra ordem política de Obama, Fair Pay and Safe Workplaces, lançada em 2014, que garantia que as empresas cumprissem uma série de leis ligadas ao trabalho e aos direitos civis, que garantia transparência salarial e protecção em casos de assédio sexual. Mas a forma como Donald Trump fala sobre as mulheres já é conhecida e, por isso, esta atitude não é chocante para a maioria.

No entanto, a surpresa surge com a posição tomada por Ivanka Trump, que até aqui parecia estar focada em resolver essa questão e até mesmo em defender o papel das mulheres. Fez da igualdade de salários o tema central da sua campanha e chegou até a publicar o livro Woman Who Work. Mas agora, em defensa da ideia do pai, afirmou, "Em última instância, mesmo acreditando que a intenção era boa e concordando que a transparência nos salários seja importante, a política proposta não iria produzir os resultados pretendidos". Também Neomi Rao, administradora do Gabinete de Informações e Assuntos Regulatórios (OIRA), afirmou que "não acreditamos que [essa iniciativa] fosse realmente ajudar a reunir informação sobre a descriminação nos salários e empregos".

Nos Estados Unidos, em média, uma mulher ganha 79 cêntimos por cada dólar que um homem recebe (ainda que a discrepância chegue a ser 39 cêntimos, para cada dólar, nos salários mais altos). Felizmente, alguns governos locais tomaram medidas próprias. Nova Iorque, por exemplo, criou uma nova lei que proíbe os empregadores públicos e privados de perguntar aos candidatos sobre o salário actual ou anterior porque, segundo Letitia James, advogada e membro do Partido Democrata, "discutir informações salariais anteriores aumenta a discriminação salarial". 

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