Gabinete de curiosidades. 11 coisas que não sabiamos sobre Raquel André
O novo espetáculo de Raquel André em Lisboa foi a desculpa perfeita para a 'Máxima' descobrir mais sobre a artista portuguesa.

Raquel André, artista, performer e criadora portuguesa, leva à Sala Garret do Teatro Nacional Dona Maria II, em Lisboa, o espetáculo Coleção de Espectador_s, com três apresentações, de 16 a 18 de julho. É a quarta e última coleção da tetralogia Coleção de Pessoas, iniciada pela artista em 2014. Após alguns trabalhos focados em grande parte na interação, Raquel André desafia uma vez mais os espetadores a contribuir com testemunhos e experiências. Depois das contribuições no site collectionofspeactors.com, a artista leva agora 11 espectadores ao palco do Teatro Nacional para, a seu lado, partilharem as suas histórias de vida através dos momentos artísticos que os marcam. Afinal, o que é ser um espetador?


O último livro que leu: Tudo sobre o Amor, de Bell Hooks
Uma cor: Blue
Um espetáculo que não esquece: Saison Seche, de Phia Ménard

O filme da sua vida: Close Up, de Abbas Kiarostami
A viagem que mais a marcou: A viagem ao Rio de Janeiro em 2011, ia ficar 5 meses e fiquei 7 anos.
Um destino onde quer voltar: Ao Brasil, sempre!

Um objeto que carrega sempre: Um gancho de cabelo que comprei em Oslo, o único gancho de que gosto e que ao mesmo tempo consegue segurar todo o meu cabelo.
Uma música que a faz feliz: La Capacidad, de Lido Pimienta, a felicidade de saber como a sua mãe resolveu aquela história de abuso.

Um cheiro que lhe traz memórias: O cheiro do bolo de chocolate da minha mãe...
Um autor que lê e relê: Djamila Ribeiro
Um artista que admire: Yoko Ono
Uma história que nunca esqueceu: Na última viagem que fiz em digressão com um espetáculo, em fevereiro de 2020, fomos ao Peru. No avião conheci um senhor, começámos a falar, contou-me que foi carteiro toda a sua vida. Quando se reformou decidiu começar a viajar pelo mundo, fica uma a três meses fora, escolhe uma zona do Mundo e conhece mais do que um país, sozinho, com o mínimo necessário para viajar. Junta dinheiro ao longo do ano para que depois possa desfrutar dessa experiência. Perguntei-lhe se tinha família, disse-me que os filhos ficam preocupadíssimos com estas aventuras. Admirei-o, pela sua curiosidade e pela forma como dedica o seu tempo livre, fiquei a pensar que nunca me tinha passado pela cabeça que quando me reformar poderei finalmente fazer o mesmo!
