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CIG acusa a Porto Editora de acentuar estereótipos de género

A Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género recomendou à editora que retirasse do mercado os livros para crianças que diferenciam exercícios para rapazes e para raparigas.

23 de agosto de 2017 às 18:31 Carlota Morais Pires

A polémica teve início esta terça-feira, quando a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG) pôs em causa a mensagem que dois blocos de atividades publicados pela Porto Editora transmitem às crianças. A razão? Os cadernos de exercícios, dirigidos a crianças entre os quatro e os seis anos, estão divididos por género: um destina-se a meninos, e tem capa azul; outro a meninas, e tem capa de cor-de-rosa. Depois, os exercícios propostos, apesar de parecerem idênticos, são de muito mais fácil resolução no livro para raparigas.

Além dos estereótipos mais óbvios, perceptíveis através da capa, o conteúdo dos livros perpetua outros clichés de género, já que na maior parte das atividades os rapazes brincam com dinossauros, com carrinhos e vão ao futebol, enquanto as raparigas ajudam as mães, vão ao ballet e desenham princesas.

Numa mensagem publicada na sua página de Facebook, a CIG avançou ontem que tem recebido diversas denúncias sobre a situação em causa, garantindo que iria "agir em conformidade". De facto, a resposta da comissão chegou um dia depois, numa recomendação à Porto Editora para retirar das livrarias e outros pontos de venda os livros de exercícios em questão, por se preocupar pela representação social implícita nos blocos de atividades, além de estar subentendido que os rapazes estão aptos a desenvolver exercícios mais complexos do que as raparigas da mesma idade.  

A Porto Editora acaba de anunciar que vai seguir a recomendação e retirar os livros do mercado. 

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