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Jornalista da BBC demite-se em protesto pela igualdade salarial

A editora da BBC na China anunciou numa carta aberta as razões que a levaram a tomar esta decisão.

Foto: AOP
08 de janeiro de 2018 às 18:39 Andreia Rodrigues
Carrie Gracie demite-se após quatro anos como responsável da BBC na China, depois de várias lutas devido à desigualdade de género no pagamento dos salários dos trabalhadores. A jornalista, que trabalha na estação de rádio e televisão pública britânica há 30 anos, revelou, numa carta aberta, que a sua demissão é motivada por ter verificado que recebia menos 50% do que os seus colegas do sexo masculino em cargos semelhantes.
A jornalista britânica conta que, há quatro anos, quando foi promovida a editora da BBC na China, pediu que fosse paga de forma igual aos seus colegas na mesma posição, pois suspeitava que até então isso não acontecia.
Há seis meses, a BBC foi forçada a revelar a lista de trabalhadores que ganham mais de 150 mil libras por ano (169 mil euros). O nome de Carrie Gracie não estava na lista, da qual dois terços eram homens. A jornalista afirma que, "pela primeira vez, as mulheres tiveram a prova do que há muito suspeitavam, que não eram valorizadas de forma igual". Assim, decidiu demitir-se do cargo na China, voltando à antiga posição na redação da BBC, onde espera receber de forma igual aos seus pares.
Gracie, em entrevista à BBC Radio 4, afirma que o seu salário é de 135 mil libras e que lhe propuseram 180 mil libras, o que não aceitou pois "não estava interessada em mais dinheiro, estava interessada em igualdade. Senti que não era uma solução". Acrescenta ainda que a BBC "deve admitir o problema, pedir desculpa e praticar uma estrutura de pagamentos igualitária, justa e transparente".
No Twitter, muitos utilizadores demonstraram o apoio à jornalista, com a hashtag #IStandWithCarrie (eu apoio Carrie), e o tema já se tornou um dos mais comentados e partilhados nas redes sociais.
 
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