As coisas bizarras que as pessoas esquecem no banco de trás de um Uber
Se tudo o que alguma vez deixou esquecido num transporte público foi um chapéu de chuva, o telemóvel, ou os óculos de sol, deixe de ser careta e tire alguma inspiração do Índex de Perdidos e Achados da Uber. Desde ovos cozidos a papéis de divórcio, passando por coelhos embalsamados, não há o que não haja.

O que se deixa esquecido no banco de trás de um táxi — ou Uber, que isto já não são os anos 90, muito obrigada — diz muito sobre a sociedade a dado momento. Tanto quanto sabemos, não existe uma sociologia do objeto esquecido no transporte público e é pena, porque seria uma excelente radiografia à cultura popular, um verdadeiro mergulho no Zeitgeist. Mas, enfim, à falta de tomo sociológico, temos o Índex de Perdidos e Achados da Uber, uma lista anual que a empresa acaba de divulgar e que, apesar de se debruçar apenas sobre os Estados Unidos, não deixa de ser muito curioso de analisar, principalmente o top 50 de objetos mais bizarros.
Ora, tal como a beleza, a bizarria está nos olhos de quem a vê, portanto, se tivesse sido esta jornalista a elaborar o ranking, é provável que este tivesse um aspeto diferente. Isto porque há muita coisa no top da esquisitice que é, claramente, resultado de uma épica noite de copos. Que é como quem diz, algo que parece estranho a uma pessoa lúcida, parece perfeitamente natural a um bêbado. Analisemos o top 10:

- Uma cabeça de manequim com cabelo verdadeiro;
- Um copo em forma de chifre usado por vikings;
- Uma armadilha de fantasmas dos Ghostbusters;
- Uma serra elétrica;
- Leite materno, daquele que é tirado com uma bomba diretamente do seio de uma senhora lactante — é melhor não pensar muito sobre como é que o condutor do Uber soube que era leite materno e não leite em pó;
- Porcelana chinesa;
- Um tartaruga;
- Um urinol;
- Uma tabuleta publicitária a dizer "Annie’s Married" e que pertence a um club noturno;
- Um soutien adesivo.
Comecemos já por aqui. Quem nunca contou os minutos para chegar a casa e tirar o soutien? Esta senhora passageira estava só um nadinha mais impaciente. Tirando, talvez, a pobre tartaruga, tudo o que aqui está pode ser atribuído a noites ébrias — ou noites em claro, no caso do biberão — ou a noites de Halloween. Muito provavelmente, uma mistura das duas. O urinol é estranho, da facto, tanto mais que dá algum trabalho a arrancar da parede, mas, talvez esta pessoa tenha visto o documentário sobre Marcel Duchamp e sentido um desejo ardente de ter uma obra de arte em casa. Principalmente do tipo que pode ser roubada num bar. Quem somos nós para julgar? De resto, a mãe desta jornalista, em tempos, levou para casa um banco de madeira que pertencia a uma casa de fados, portanto, enfim…
Contrariamente à opinião da Uber, as verdadeiras bizarrias estão um pouco mais abaixo no ranking. Por exemplo, Ozempic — o famoso medicamento para diabéticos que faz emagrecer e que parece viver dentro da carteira de todas as celebridades. Eis um item que personifica lindamente o espírito do tempo, mas que, tendo em conta o seu preço extorsionário no mercado norte americano — custa cerca de 1000 dólares por mês —, não deixa de ser estranhíssimo que alguém o tenha deixado esquecido.

É igualmente estranho que alguém tenha deixado para trás 15 shishas, os típicos cachimbos de água; 100 DVD’s — esta jornalista diria que tresanda a tentativa, bem sucedida, de os ver pelas costas; um ramo com 100 rosas; uma máquina de costura; ovos cozidos e uma vela; papeis do divórcio — se o esquecimento anterior tinha alguma coisa de sexual, não admira que o divórcio tenha sido a consequência; galinhas da Cornualha — vivas, mortas, assadas ou congeladas, o index não esclarece; 10 lagostas vivas; um coelho embalsamado; e uma escultura de uma galinha.
Se dependesse de nós, seria este o top 10 de esquisitices, não necessariamente pela ordem apresentada. E, no fim, bastaria terminar com "uma perdiz numa pereira" para termos também um cântico de Natal.

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