Ficar horas ao telefone com familiares talvez não seja tão saudável assim, diz Bob Waldinger, professor de psiquiatria na Faculdade de Medicina de Harvard, autor de um ensaio - que é simultaneamente um desafio de sete dias - sobre felicidade, criado em colaboração com o The New York Times. O desafio do segundo dia é, precisamente, fazer uma chamada telefónica para um ente querido, com a duração exata de 8 minutos: não mais, não menos.
Porquê este período de tempo específico? Porque será o tempo suficiente para interagir e verificar se está tudo bem com a outra pessoa, sem perturbar o dia, mas mostrando que se interessa por ela, e mantendo-o ligado às pessoas de quem gosta, sem fazê-las sentir-se esquecidas. Claudia Glaser-Mussen, uma psicoterapeuta entrevistada pelo diário, afirma que "ouvir o som da voz de um ente querido ajuda a regular as nossas emoções".
Num artigo em que expõe o desafio, o diário americano recorda um estudo de 2021, que mostrou que um participante que recebia uma breve chamada telefónica várias vezes por semana tinha maior redução da depressão, solidão e ansiedade do que alguém que não recebia nenhuma.
Por outro lado, procrastinar uma chamada telefónica a um amigo próximo ou familiar em quem temos andado a pensar, não é bom para a saúde. Arrastar o telefonema só causa entropia. Para tornar esta prática regular e infalível, o professor de psiquiatria, que também escreveu o livro The Good Life, sugere os seguintes passos: "Pense numa pessoa de quem sente falta, com quem gostaria de estar em contacto mais frequentemente. Depois, envie-lhe uma mensagem de texto a perguntar se gostaria de falar connosco durante oito minutos; idealmente, hoje ou dentro de uma semana", incentiva o médico.
A empresária de 50 anos foi a mais recente convidada do podcast The Art of Being Well, no qual falou sobre a sua rotina de wellness, de tratamentos a refeições.