A taxa de poupança das famílias recuou novamente em 2018, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira, 26 de março, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A taxa fixou-se nos 4,6%, quando em 2017 tinha descido para 4,7%.
A poupança das famílias atingiu assim um novo mínimo de, pelo menos, 1995, último ano para o qual o INE tem dados.
O ano foi marcado por uma descida da taxa de poupança ao longo dos trimestres, tendo esta tendência apenas sido interrompida nos últimos três meses do ano. E a justificação é simples: em 2018, os funcionários públicos e os pensionistas receberam o subsídio de Natal na sua totalidade.
A contribuir para esta melhoria no último trimestre do ano esteve "um acréscimo do rendimento disponível superior ao da despesa de consumo final", explica o INE. Para este contexto foi determinante o "crescimento de 1,9% das remunerações" e o "acréscimo de 2,3% das prestações sociais".
Ainda assim, a melhoria do final do ano não foi suficiente para contrariar a deterioração da poupança das famílias observada ao londo de 2018.