Super Bowl 2025. Os momentos altos de uma noite de emoções e controvérsias

O Super Bowl de 2025 foi uma noite intensa dentro e fora de campo. Os Philadelphia Eagles garantiram uma vitória impressionante sobre os Kansas City Chiefs por 40-22, num jogo dominado pela astúcia da equipa e pela brilhante performance do quarterback Jalen Hurts. Além de liderar os Eagles com mestria e conquistar o título de MVP, Hurts tornou-se um fenómeno nas redes sociais pelo seu talento desportivo, como também pela sua recente participação especial na série Abbott Elementary. A sua simpatia e carisma conquistaram ainda mais admiradores, tornando-o um dos protagonistas da noite, tanto dentro como fora do relvado.

Mas se houve algo que marcou o evento, não contando com a final emocionante, foi o espetáculo do intervalo. Kendrick Lamar assumiu o palco e transformou a atuação numa autêntica performance digan deste evento, carregada de mensagens subliminares e provocações políticas e sociais. Acompanhado por SZA, apresentou temas como "Luther" e "All the Stars", mas o que realmente captou as atenções foi a forma como intercalou simbolismos poderosos no seu espetáculo. Samuel L. Jackson, no papel de "Uncle Sam", representou uma crítica à história política dos EUA, enquanto Lamar vestiu um casaco com a palavra reparations, levantando discussões sobre justiça social, e referindo-se, indiretamente, algumas vezes a Trump. Muitos fãs e especialistas analisaram os vários elementos escondidos na atuação, desde as referências ao movimento Black Lives Matter até à escolha de cores e iluminação, que remetiam para momentos marcantes da luta pelos direitos civis.

A plateia contribuiu para o frenesim do evento, repleta de celebridades como Anne Hathaway, uma assumida fã dos Eagles, que foi vista em puro êxtase com a vitória da equipa, usando uma camisola verde em apoio. Bradley Cooper, Miles Teller e Kevin Hart também marcaram presença, torcendo fervorosamente pela equipa de Filadélfia. No entanto, quem chamou a atenção por outros motivos foi Donald Trump. O presidente dos EUA estava presente no estádio e, ao ser anunciado, foi recebido com uma mistura de aplausos e vaias, um momento que rapidamente se tornou viral. Esta situação remeteu a 2018, quando os Eagles se recusaram a visitar a Casa Branca após a sua vitória no Super Bowl, em protesto contra a administração de Trump.

Para além do jogo e das performances, houve pequenos momentos que não passaram discretos. Taylor Swift, que atualmente está numa relação com Travis Kelce, dos Chiefs, foi vista nas bancadas, alternando entre momentos de entusiasmo e desapontamento, à medida que a sua equipa ia sendo derrotada.

O Super Bowl de 2025 foi mais uma prova de que este evento supera o desporto e se torna um espétaculo global, em que se cruzam emoções, cultura pop e, claro, grandes polémicas. Seja pelo talento de Jalen Hurts, pelo impacto de Kendrick Lamar, pela presença de Trump ou pelas estrelas na plateia, esta edição entrou diretamente para a história.