Ser mulher é uma desvantagem?
De acordo com a Professora Anália Torres, é. A Máxima ouviu a socióloga que, em Portugal, é referência no que se refere à igualdade de género. Porque um país se retrata com estudos, mas a realidade é feita de pessoas.
Indicada pela Sociedade Portuguesa de Autores para o Prémio Nobel da Literatura 2019, a escritora Maria Teresa Horta terá seu percurso literário de quase 60 anos revisitado no Congresso Internacional Maria Teresa Horta e a Literatura Contemporânea: De Espelho Inicial (1960) a Estranhezas (2018) decorre de 8 a 10 de maio no Palácio Fronteira e na Reitoria da Universidade de Lisboa.
O colóquio irá abordar temas como a transgressão, sexualidade, jornalismo, censura no Estado Novo, cinema e os feminismos, por exemplo, e ainda impulsionar um diálogo entre a literatura portuguesa e a estrangeira, dando um destaque à língua inglesa, com a presença de professores de Universidades do Reino Unido, França, Itália, Suécia e Brasil.
Maria Teresa Horta é detentora de uma vasta obra que "ao longo de todo o seu percurso, revela uma grande versatilidade e um domínio também ele subversivo da palavra poética, desafiando as convenções sociais", como afirma a organização do congresso.
Reconhecida como um "marco incontornável na literatura contemporânea", Horta foi a primeira mulher a exercer funções dirigentes no cineclubismo em Portugal, pioneira na publicação de uma antologia de poesia erótica e, por todo o seu mérito e activismo, é considerada uma das mais destacadas feministas da lusofonia.