Carolina Deslandes: "Estive três anos grávida. Não quero voltar a ser quem era antes. Sou uma pessoa nova que é a mistura das duas"
Já escreveu à mão mas, para não perder papeis, neste disco Carolina Deslandes escreveu tudo no telefone. Chama-se “Chorar no Club” e é um trabalho que foi feito com amigos. Pessoas de casa, com quem sai à noite, mas que também admira. Um disco que reúne a família que se escolhe na idade adulta. “Poucos, mas bons”. Um disco que conta com a produção de Mar, Jon., D’AY e Feodor Bivol.
Entrevista Carolina Deslandes
17 de junho de 2025 às 16:04 Maria João Veloso
No dia do apagão Carolina Deslandes acabou o livro que estava a ler e começou outro. Já estava a ler um segundo livro – com lanternas a pilhas – quando a eletricidade voltou. Lembra que foi um dia como os outros, já que tenta desligar-se do telefone sempre que chega a casa. “Só volto a pegar nele quando os meus filhos estão a dormir. Mas para passar mais tempo a ler, a desenhar ou a pintar não é preciso um apagão.” Apesar de ter tido um dia normal, tem um fogão a gás old school, preocuparam-na “os hospitais, os cuidados de neonatologia”. Como seria que as estruturas básicas estariam a funcionar? A prioridade, claro, era conseguir comunicar com a escola dos filhos. Defende, no entanto, que não é preciso um apagão para se praticar o desapego. “A forma como nos apegamos às coisas é da nossa responsabilidade”. Mulher de convicções fortes, aproveitámos o novo disco para mergulhar nos estados de alma que nos podem bater à porta ao longo das 24 horas que tem o dia.
[A entrevista decorreu antes de a artista revelar publicamente que está grávida pela quarta vez.]
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Carolina Deslandes lança disco "Chorar no Club", sobre tristeza e solidão
Foto: DR
“Chorar no club” é uma festa e a necessidade de fazer terapia. Qual é a mensagem com esta dualidade de opostos?
Que a tristeza, a depressão e a ansiedade deixem de ser coisas que vivemos a sós no nosso quarto. É um tema cada vez mais falado em público. A ideia é tentar sossegar a tristeza e a solidão ao sairmos de casa, ao misturarmo-nos uns com os outros. A dançar. Muitas canções que dancei enquanto adolescente e adulta têm letras melancólicas e abordam assuntos difíceis. O disco é uma festa e muitas solidões somadas. Fiz música que dá para dançar, dá para chorar abraçada aos amigos, mas que não deixa de falar das coisas de que quero falar. Há canções irónicas e temas mais brincalhões. São canções que dão para tocar na discoteca, mas ao mesmo tempo nos põem a pensar.
É impossível ficar indiferente ao tema “Tento na Língua”. Somos formatadas para sermos bem-comportadas. Como quebras estes padrões?
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Quebrar padrões é uma coisa que – nós, mulheres – temos feito cada vez mais em conjunto. Não acho que eu seja mais importante que nenhuma outra. Temos que usar o nosso espaço e tempo para falar sobre isso. O meu maior “atentado” é viver da forma que quero. A esta altura, com a quantidade de coisas que oiço, já era suposto ter parado. A minha maior quebra é não parar e não deixar de dizer coisas. A liberdade de uma mulher não é negociável. Cada vez é menos negociável, e o "Tento na língua" é todas as coisas que sou aconselhada a fazer para me tornar mais mansa e tolerável. Coisa que alegremente declino fazer. Como eu há muitas outras mulheres que recusam baixar a cabeça.
Carolina Deslandes apresenta "Chorar no Club", disco sobre tristeza e solidão
Foto: DR
Tens sido uma inspiração para muitas mulheres. Tornaste-te uma voz que revindica um lugar que as mulheres procuram…
É grave sair de casa, ir à praia, postar as fotografias que me apetece e isso ser considerado levantar uma bandeira. Eu estou só a viver. Associarem o facto de viver livremente a levantar uma bandeira está intrinsecamente ligado ao facto de haver opiniões sobre a forma como as mulheres se parecem, como vivem ou como se vestem. Se vou à praia, estou a ir à praia. Mas as pessoas sentem que lhes dá direito a uma opinião. Se alguma mulher – com as minhas características – se sentir vista, que também tem direito a sair de casa, como lhe apetece e fazer o que lhe apetece, ficarei muito contente, mesmo que esse não seja o meu propósito. Estamos aqui – na terra –pouco tempo. Prefiro ir à praia com os meus filhos, andar como me apetece, passar mais tempo a cultivar-me do que a reprimir-me.
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A bula "Chorar no Club" é muito criativa. Como surge esta ideia?
Venho de uma geração onde um disco não é uma soma de canções. Tem todo um conceito por detrás. De todos os artistas de que gosto, consigo quase definir, por eras, cada trabalho. Um universo para cada disco a nível temático, da produção e até do vocabulário.
Com este disco – o sétimo – quis fazer 24 canções, uma para cada hora do dia, como se o disco fosse uma caixa de medicamentos e cada canção tivesse os seus componentes químicos e curasse alguns males. Como abordo a questão de se combater a depressão e a solidão, acho que receitar canções em vez de comprimidos é uma metáfora para a quantidade de vezes que, antes de se tentar falar, prescrevem-se medicamentos, principalmente a adolescentes. Não sou contra a medicação, mas somos rápidos a diagnosticar as patologias relacionadas com a saúde mental. Então pensei: vamos lá receitar canções.
Ser uma e ser muitas é a receita do disco. Como surgem os heterónimos? Os heterónimos do disco são uma parte minha hiperbolizada. Todos os trabalhos que fiz até agora foram reflexo da fase de vida em que estava. Reconheço quem era em todos os discos. Este é fruto de uma mistura: de quem sou hoje, de quem já fui e de quem gostava de ser. É deixar que todas as mulheres que sou existam e que todas elas tenham uma voz. Todas contribuem para o todo. Voltei ao tempo em que trabalhava à noite e fui relações públicas. As pessoas conhecem a minha fase de maternidade e família, mas a Carolina anterior foi muito necessária para que hoje saiba o que é estar em palco ou o que é lidar com pessoas. Critico também o culto da aparência e da futilidade. Exploro a ironia. Quem me conhece sabe que tenho sentido de humor. Gosto de fazer piadas com tudo, principalmente comigo própria. Sempre me coibi de fazer isso nas canções. Neste disco, onde me diverti tanto, quis fazer canções que também me dessem vontade de rir.
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Carolina Deslandes fala sobre feminismo, maternidade e o novo disco
Foto: DR
Este disco é feito por uma Carolina veterana?
Não me acho veterana. Estou mais crescida. Quando perdes o medo, percebes que tens muito a explorar. É muito sobre o caminho até à concretização de uma canção. O que se espera de um disco é que seja uma soma de singles. Mas eu adoro canções lado B. São canções importantes para a coerência da obra, apesar de não tocarem na rádio. Perdi o medo de sair da forma típica da canção.
Às vezes escreves um poema e só quando o acabas é que percebes que foi a primeira vez que tiveste a coragem de dizer o que está ali. Isso é libertador.
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O tema “Plot Twist” mostra uma mulher determinada - assim como “Tequilla”. “Terra é Redonda” expõe uma mulher mais dependente. É interessante este desdobramento. As mulheres desempenham papéis para conseguirem ser vistas?
Não são só as mulheres. No amor, nós todos somos – em relações diferentes – o que dá mais, ou o que dá menos; o que se acomoda, ou o que corre riscos. O disco tem uma vertente muito sexual. As pessoas quando olham para uma mãe, esquecem-se de como os filhos são feitos. Esquecem que uma mãe é uma mulher e a mulher é um ser sexual. Com este disco tomei a liberdade de falar de desejo e de sexo. A mulher sexual não deixa de ser a mulher que sofre de amor. Uma não anula a outra. Estas canções são estados. Estados que podem servir a mesma pessoa. Ou pessoas diferentes. Na mesma relação podemos ser o elemento com mais desejo, com mais vontade de provocar e também aquele que mais sofre e se sente carente.
Mar, uma das produtoras do disco, diz que “Cara Feia à prova de bala” é instinto puro e verdade. É algum recado?
Não. A canção “Cara Feia” é isso. Quando somos um alvo e se diz muita coisa sobre nós, a reação é encolheres-te e dizeres menos. Tanto em "Cara feia" como em "Testamento" há o assumir que não gosto de toda a gente, nem tenho a pretensão de que toda a gente goste de mim. Não vou fingir que não sei que não sou consensual. Não vou bater boca sobre isso. Vou cantar, que é para isso que eu vivo profissionalmente. E sim, não tenho um sorriso para toda a gente.
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Carolina Deslandes lança disco sobre tristeza e solidão
Foto: DR
No vídeo que apresenta “Chorar no Club” dizes: “não tas a perceber/ não vou deixar de escrever coisas tristes, nem de cantar coisas tristes. Só não quero chorar em casa, prefiro chorar no clube. Porque não chorar em casa?
Não existem receitas para curar a tristeza ou para curar os males do coração. Cada pessoa é um universo. Seria muito presunçoso da minha parte achar que tenho a cura para a tristeza. Este é o meu caminho e o meu regresso a mim. Fiz um disco chamado “Caos” (2023), que é um disco zangado e triste. Quando se ouve esse disco do início ao fim percebe-se que passei muito tempo sozinha. Tempo esse que precisei de passar. Segue-se o regresso à vida social. Ao querer voltar a estar com pessoas, a fazer coisas, a descobrir quem sou, quando não sou mãe ou mulher de alguém. Ou até a artista que as pessoas ouvem. Existe uma pessoa à qual regressas e que muitas vezes esqueces. Quando não tenho miúdos e não estou a trabalhar o que é que eu gosto de fazer? Fui relembrada do quanto gosto de sair para dançar, ainda que dance muito mal. Gosto de andar à noite em Lisboa. Foi lá que cresci. Gosto de ir ter com os amigos, das conversas que se têm depois da meia noite. Gosto de ir aos fados, gosto da luz da lua, do à vontade que se ganha de madrugada quando se tem conversas mais profundas. Quis celebrar esse espaço de regresso a mim. Não é um caminho que eu faço sozinha, mas que faço com os que me amam e com pessoas que eu acabei de conhecer. É o caminho que faço rodeada de pessoas e de estímulos. A pessoa que está a passar por um processo de cura, não está necessariamente sozinha. É a pessoa que reconhece que lhe vai fazer bem sair de casa mesmo que instintivamente não o queira fazer.
Aqui há um resgaste da mulher pós-mãe. Quando somos mães ficamos tão assoberbadas, que não dá para pensar que somos um ser individual.
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Também faz parte. Não tive medo de mergulhar no que foi conhecer-me depois de ter tido meus os filhos. Mergulhar na personalidade dos filhos. Há um tempo que é da criança. Esta é a forma como vivo a maternidade. Não há, mais uma vez, uma única forma. Há uma tendência para nos lembrarmos da vida antes disto. E lembrei-me: é verdade, nunca mais li um livro, e vais resgatando pequenos hábitos. Nem que seja estares só a ler de pé, a comer na bancada da cozinha. Teres aquele tempo para ti ou demorares-te mais quando estás fora de casa. Estive três anos grávida. Tive um filho em 2016, outro em 2017 e mais um em 2018. Foi um tempo maravilhoso da minha vida. É um tempo maravilhoso da minha vida, conhecer os meus filhos, perceber onde é que eles são iguais e onde é que eles são diferentes. Perceber o que é que lhes dou e o que é que eles me dão, perceber onde temos as mesmas opiniões e onde divergimos. É uma aventura maravilhosa perceber que os meus filhos já têm discurso para me fazer repensar as minhas opiniões, e este resgate da mulher pós-maternidade acaba por ser também não o resgate do que eu fui, mas conhecer o que eu me tornei. Não quero voltar a ser quem era. Sou uma pessoa nova que é a mistura das duas. Muitas vezes são os filhos que ajudam a descobrir a mulher que me que me tornei. É muito bonito. Não somos só nós a ajudar a os nossos filhos a tornarem-se pessoas, são eles também que nos tornam pessoas melhores.
Carolina Deslandes apresenta o seu novo disco: uma festa para dançar e fazer terapia
Foto: DR
Facilmente ficamos fora de moda, principalmente quando não convém. Porque é que ser feminista é ser cringe?
Muitas vezes, a rejeição que as pessoas têm relativamente a temas é desinformação. Muita gente acha que feminismo é sinónimo de machismo, que é um movimento de superioridade feminina. E não é um movimento de superioridade, mas de igualdade. Eu sinto que tu falas de feminismo e metade de uma sala está a revirar os olhos sem saber o que é que isso significa. Sem sequer saber do que estás a falar. É por isso que digo: "um brinde ao país em que ser feminista é cringe". Dizes que o mundo está a acabar, e a pessoa que fala sobre isso, é a pessoa chata, que não faz falta na festa. Essa é a ironia.
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Tens ajudado a Francisca Magalhães de Barros a fazer ativismo contra a violência que é exercida sobre as mulheres. Que mais é necessário fazer?
Não ajudo a Francisca, ela é que me ajuda a mim. A única coisa que faço é partilhar os pedidos de ajuda e aprender com ela. Porque a Francisca dedica-se a defender as mulheres. Faz um trabalho minucioso e corajoso. Agradeço-lhe muito por isso. O que podemos fazer?
Há uma sensação de impunidade que se misturou com o conceito de liberdade de expressão. Principalmente para se falar e para se agir em relação às mulheres. Estas coisas que acontecem cada vez com mais regularidade passam pela educação. Temos que ser informados desde novos sobre o que são deveres cívicos. O que é a igualdade, o que é a responsabilidade. O que é permitido e não é permitido. Abordar, atacar, agredir uma mulher, para no fim matá-la, vem de um lugar de impunidade e de superioridade perante a mulher. Existe um movimento que é perpetuado pelos media e pelas pessoas com posições de destaque para descredibilizar as vítimas (de violência doméstica), onde se pergunta: onde é que a pessoa estava? Como estava vestida? Isto acontece porque não há consequências. A comunicação social tornou-se um espaço sem lei. Sem lei, não há limites. A impunidade perpetua estes comportamentos. (Quando lerem vai haver essa sensação de impunidade de virem contra o que estou a dizer. Vão dizer que é liberdade de expressão, mas a liberdade de expressão é outra coisa. Liberdade de expressão não é ataque, não é achares que podes falar do aspeto físico de uma pessoa.)
Carolina Deslandes lança disco sobre tristeza e solidão, a dançar no clube
Foto: DR
“O meu tom é assertivo, não é histérico”, dizes em “Sexo fraco”. As mulheres têm sido chamadas histéricas por tudo e por nada. Sentes-te uma espécie de advogada de defesa das mulheres?
Não me ponho nesse pedestal. Devemos questionarmo-nos sobre o propósito de cada coisa que fazemos na nossa vida. Quando me tornei conhecida e o meu corpo e a minha vida dizem respeito a toda a gente – ou assim é visto – começo a perceber que deve ser um lugar muito mais comum do que eu tinha noção, a apropriação do que é a nossa vida e do que são os nossos direitos. Isso torna-se um assunto e estende-se a casos de violência que nunca vivi na primeira pessoa, e a casos que vivi na primeira pessoa. Passei a olhar as mulheres como uma comunidade. Um todo. Esse é um dos propósitos da minha arte. Não é aceitável que em 2025 estejamos a andar para trás, depois de tanta luta. Ouvi uma frase de Maria Teresa Horta em que ela falava dos tempos da ditadura: "Naquela altura eu sentia-me tão debaixo de fogo que até o vento a passar no meu cabelo parecia fogo a fazer com que o meu cabelo ardesse". São pessoas que arriscaram a vida para que eu hoje possa falar, escrever, fazer um disco onde eu exploro a minha sexualidade, ironia e sarcasmo. É uma questão demasiado séria para ser posta em causa. Por isso, inspirada por grandes mulheres da história do nosso país, sinto que sim. Esse é um dos propósitos da minha arte e da minha vida
Em “Sexo Fraco” está – realmente – a voz de Maria Teresa Horta que recrimina: “as mulheres deviam ter os mesmos direitos dos homens, deviam ter, mas não têm.” Como se constrói uma sociedade em que sejamos mais umas pelas outras?
Estamos todos em construção. Cada um deve cumprir o papel que se propõe. Não é obrigatório que os artistas tenham que se posicionar. Penso que é um caminho individual com o qual cada um se identifica e com o que considera urgente. Porque o que esse posicionamento traz de conflito não é para toda a gente. Mas, para termos uma sociedade mais justa e equilibrada, o medo não pode ser maior do que a minha vontade.
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Carolina Deslandes reflete sobre identidade, maternidade e feminismo no seu novo disco
Foto: DR
Como é que te equilibras? As redes sociais são ou não nocivas ao criador, ao teu espírito criativo?
O problema não são redes sociais. O problema está na relação que mantemos com as coisas e o tempo que nos ocupam. Se vou às redes sociais à procura de validação, de saber quem sou, se vou às redes sociais medir se sou mais ou menos amada na minha vida por ter mil ou dez mil likes; se vou para as redes sociais à procura de ser consensual, irei sofrer com isso. Se uso as redes sociais para me divertir, para promover o meu trabalho e para conhecer outras pessoas, eu dou às redes o espaço que estas merecem. Não deixo que pessoas que não me conhecem de lado nenhum tenham mais poder na minha vida do que a minha família. Não lhes vou dedicar mais tempo do que dedico a fazer a minha música. Antes de ser das redes, o problema é da comunicação social. Existem revistas ou canais de televisão a pôr fotografias de mulheres com bolas a vermelho à volta da celulite ou da cara desmaquilhada a dizer: veja como é esta pessoa na realidade. Se os jornalistas caem na decadência, porque é que as pessoas hão de se sentir coibidas de fazer o mesmo? Quem legitimou este comportamento foi a comunicação social e agora querem sacudir a areia para as redes sociais. As redes sociais são reflexo de um jornalismo sem conteúdo que tem como 90% das capas o aspeto físico da mulher.
Em teoria o burburinho não deve afetar-te, mas acaba ainda por afetar.
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Não sou a mesma todos os dias. Há dias em que me afeta, há outros em que não. Às vezes nem leio. É uma posição muito injusta para as pessoas que me amam, para as pessoas que ouvem os meus discos e que me dizem coisas bonitas, que dê protagonismo às coisas más. As coisas más afetam o ego. Toda a gente tem um. Nascemos com este desejo de pertencer, então sentimo-nos automaticamente atacados. Honestamente, não há nada que eu que leia que já não tenha lido, nada que ouça que não tenha ouvido. Prefiro concentrar-me na carreira que tenho, nos anos que tenho pela frente e no caminho que já tive, nas pessoas que saem de casa – faça chuva faça sol – para me ouvir.
Carolina Deslandes explora a dualidade entre a festa e a terapia no seu novo disco "Chorar no Club"
Foto: DR
"É gravíssimo que um homem sem útero se ache no direito de julgar qualquer mulher que o faça. É gravíssimo que os milhões de Milhão possam comprar canais de televisão, influenciar cabeças fraquinhas." Opinião de Maria João Veloso.
No tempo da outra senhora não havia liberdade nem saneamento básico. Dizem que os cofres estavam cheios de ouro, mas Portugal era um país miserável e descalço. Passados 51 anos da Revolução de Abril há quem tenha saudades e se orgulhe disso.
Ela é uma das grandes estrelas da nova geração de músicos portugueses. Ele toca guitarra, produz e compõe ao lado de nomes como Carolina Deslandes, Nena e Rita Rocha. Quem é Feodor Bivol, o artista com quem Bárbara Tinoco teve uma filha?