O ex-ministro Manuel Maria Carrilho foi hoje condenado pelo Tribunal da Relação de Lisboa a uma pena de três anos e nove meses de prisão por violência doméstica contra a ex-mulher e apresentadora Bárbara Guimarães. De acordo com o acórdão, a que a agência Lusa teve acesso, a pena do antigo ministro da Cultura ficará suspensa caso este pague à APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) uma quantia de seis mil euros, além a indemnização de 40 mil euros que deve à ex-mulher, a título de danos não matrimoniais sofridos. Isto tudo no prazo de 60 dias.
Depois de ter sido revertida a decisão inicial de absolvência de Carrilho pelo crime de violência doméstica (foi apenas condenado por difamação), o Tribunal concluiu no acórdão atual que "não existe qualquer justificação para a atuação" do arguido "sendo aliás de exigir de quem tem maiores responsabilidades públicas que adote comportamentos dignos, éticos e morais, o que o demandado, ex-ministro, ex-embaixador, professor universitário e autor de vários títulos publicados, não cumpriu desde logo pelos meios usados para ofender e achincalhar a sua ex-mulher, mães dos seus filhos."
Os internautas, tanto homens como mulheres, recorreram às redes sociais para mostrarem a sua opinião sobre o assunto. "Uma vitória para os direitos das mulheres, para todos os comprometidos com o combate à violência doméstica e para a confiança das vítimas na justiça. Ninguém está acima da lei", lemos num comentário. "Tardou, mas não falhou", referiu uma utilizadora do Twitter. "Por isso bate, fala mal e desconsidera a mãe e mulher que é… é condenado a três anos de prisão… mas se pagar seis mil euros fica livre… e é isto???", indignou-se outro internauta.