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Prazeres

Mito ou realidade: o germe do alho faz mal?

Em causa está a parte central do alho, que com o tempo cresce e torna-se verde. Será mesmo venenoso? Um chef esclarece.

Foto: Pexels
11 de fevereiro de 2022 às 12:49 Ana Filipa Damião

O universo da culinária está recheado de superstições e mitos. Posso comer isto cru? E fazer chá daquilo? Pilar da gastronomia portuguesa, o alho é um dos ingredientes que mais cai neste labirinto de noções pré-concebidas, que por norma crescemos a ouvir das nossas mães ou avós. Falamos mais precisamente da parte verde do alho, ou seja, o chamado germe.

Verdade seja dita, talvez muitas pessoas nem conheçam este mito, tendo em conta que muitos de nós ganhámos o hábito de comprar alho em pó ou congelado. Contudo, quisemos tirar a teima ao assunto: será que o germe é venenoso? Não, não é, mas tal não quer dizer que o devamos ingerir. Quando o alho é jovem, e foi retirado da terra há pouco tempo, o germe é pálido, tenro e de sabor suave. Porém, quando começa a envelhecer, a parte central cresce, torna-se verde e amarga, daí a ideia de que não deve ser utilizada para cozinhar.

Foto: davidlebovitz.com

Quando David Lebovitz, chef francês com vários livros publicados, descobriu que havia quem cozinhasse o alho com o germe, decidiu fazer uma experiência, que relatou no seu site. Utilizou o alimento com e sem o germe de três maneiras diferentes: cru, em maionese e cozinhado, e a conclusão a que chegou é que, de facto, a maionese com o germe verde não era a melhor em termos de sabor. No entanto, Lebovitz afirma que não sentiu qualquer diferença entre os dois pratos com o alho cozinhado. Além disso, retirar a parte central facilita a digestão e reduz o mau hálito. Resumindo, tudo depende do que pretende cozinhar e das suas papilas gustativas. 

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