Chanel 2025/26. O retorno de clássicos às passerelles
Pérolas reinventadas nas carteiras e nos sapatos, laços em proporções inesperadas e a elegância do tweed foram os aspetos mais marcantes de Chanel na nova coleção outono-Inverno de 2025/26.
A fechar o último dia da Semana da Moda em Paris, Chanel volta a casa com uma coleção ‘Prêt-à-porter’ (pronto a vestir) para este outono-inverno 2025/26. Sob o teto do Grand Palais uma escultura de grandes dimensões de uma fita preta ergueu-se no cenário que deu vida a mais um desfile da marca francesa.
Enquanto a maison se prepara para receber o seu novo diretor artístico, Matthieu Blazy, no próximo mês de outubro, o estúdio criativo decidiu voltar a dar vida a alguns clássicos da marca. Entre diversas proporções e cores, o desfile destacou-se principalmente pela reinterpretação contemporânea de elementos como os laços, pérolas, fitas e flores, numa coleção que regressa às origens.
Os delicados fios de pérolas foram redimensionados e aparecem na nova coleção não só sob a forma de colares em camadas, mas também transformados em bolsas, clutches e até em saltos dos sapatos. Enquanto isso, os laços assumiram um igual protagonismo, e ampliados até ao extremo, alguns volumosos, outros delicados, aparecem nas golas e punhos das camisas e vestidos, acumulam-se em colares e descem até aos tornozelos, dando um toque de fantasia aos conjuntos.
Os contrastes de tamanho e comprimento foram exibidos por toda a parte com calças exageradamente compridas, camisas que chegavam até aos tornozelos e casacos que foram transformados em vestidos. Para dar corpo a estes efeitos, a coleção explorou as sobreposições e os toques de transparência, com camisas de mangas balão e os tules leves, compridos e de tons claros, verdes e rosas, para além do básico preto.
A alfaiataria foi outro destaque nesta coleção, na qual o tecido tweed, emblemático de Chanel desde 1950, volta a estar na mira com conjuntos de três peças. Um casaco brilhante, uma saia wrap e um par de calças flared, ou um colete sem mangas, uma saia comprida e uma minissaia, são exemplos de como o tweed foi homenageado.
Tyla, Naomi Campbell, Dakota Fanning e Rebecca Armstrong são alguns nomes das diversas celebridades que marcaram presença no evento. Nesta coleção, a feminilidade foi trabalhada sem subtilezas. O regresso dos laços e pérolas não foi só um gesto de nostalgia, mas também uma forma de afirmar um novo exagero que abraça o dramatismo e a teatralidade. Num desfile que trouxe uma ponte entre o passado e o futuro, Chanel mostrou que os clássicos nunca morrem, mas reinventam-se.
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