Primavera/verão 2018: Aleksandar Protic parou o tempo
Se há arte capaz de influenciar a moda é aquela que brinca com as formas e Aleksandar Protic encontrou nas esculturas de Barbara Hepworth um ponto de partida. O resultado é um estudo da silhueta sem tempo, nem tendências, em cores como o bronze, o mostarda e o branco.
Um casting de mulheres e homens de todas as idades desfilou uma primavera carregada de flores e materiais leves. como o chiffon e o algodão. As silhuetas assimétricas foram uma das muitas paragens na viagem de Kolovrat pelo mundo, com destaque para os pasdões africanos e os cortes vindos diretamente do oriente para o Pavilhão Carlos Lopes, no primeiro dia da 49ª edição da ModaLisboa.
Ricardo Preto é perito em reinventar a feminilidade e fê-lo aqui com uma vontade de elegância e modernidade. Misturou os códigos do guarda-roupa de hoje, entre o sportswear e o minimalismo, as silhuetas XXL e os pijamas, sem esquecer as sempre pertinentes referências aos anos 70, tudo embrulhado numa espécie de carta de amora à moda, perfeita para encerrar o primeiro dia da ModaLisboa Luz.
A nova coleção de Valentim Quaresma esteve repleta de símbolos de luta e força, entre eles os calções plissados com detalhes metalizados que nos trazem à memória as armaduras e os uniformes dos gladiadores romanos. As luvas de boxe, os casacos de inspiração japonesa e as peças de joalharia que cobriram alguns dos rostos foram outros elementos que completaram a estética destemida para a próxima estação.
Entre o arco-íris de Constança Entrudo, as jóias de Carolina Curado e a maravilhosa coleção sem género assinada por Ricardo Andrez, antecipamos o que vamos querer usar no próximo verão. Estes são os criadores portugueses que podem mudar a indústria.