Kate Middleton surpreendeu na estação de Paddington
Todas as imagens da visita surpresa da duquesa à estação de comboios de Londres.
Nos contos de fadas a tiara é um acessório essencial para as princesas. Da fantasia para a vida real, as diferenças são muitas, mas estas joias continuam lá, símbolo da elegância das princesas modernas, que, em vez de as usarem no seu dia a dia, guardam-nas para as ocasiões realmente especiais. As tiaras que enriquecem as coleções de joias reais são peças antigas, heranças de família, contadoras de histórias e viajantes que, por tudo isto, se tornaram ícones de estilo.
Em fevereiro deste ano, a rainha Letizia chamou sobre si todas as atenções ao usar a tiara Flor de Liz pela primeira vez, durante a visita de estado do Presidente da Argentina, Maricicio Macri, acompanhado da mulher Juliana Awada, a Espanha. Esta tiara é considerada a peça mais importante do guarda-joias real espanhol, uma vez que a flor de liz é o emblema dos Borbón. A peça criada pela casa Ansorena, em platina e diamantes, foi um presente do rei Afonso XIII para a sua noiva Victoria Eugenia de Battemberg, que a levou para o casamento em 1906.
Foi a rainha Victoria Eugénia, bisavó do rei Felipe VI, que ficou responsável pela "organização" das joias reais e decidiu que, uma vez que Espanha não tem um tesouro com as joias da coroa, elas ficariam ao cargo do Chefe da Casa Real. Assim separou as "joias de passar" para, como o próprio nome indica, passarem de geração em geração e serem usadas pelas próximas rainhas de Espanha. É nesse conjunto de joias que se encontra a tiara Flor de Liz, assim como outras três importantes tiaras que Letizia também já usou, enquanto era princesa:
A tiara Prussiana, oferecida pelo Kaiser Guilherme II (último imperador alemão) como presente de casamento à sua filha, a avó da rainha Sofia de Espanha. Foi com ela que se casaram a mãe da rainha Sofia (a rainha Frederica da Grécia), a própria rainha Sofia (com o rei Juan Carlos) e a princesa Letizia (com o príncipe Felipe). A tiara é obra do joalheiro Koch, tem inspiração helénica e é feita em platina com diamantes.
A tiara de La Chata data de 1867 e foi criado pela casa joalheira Mellerio por encomenda da rainha Isabel II de Espanha para o casamento da sua filha Maria Isabel com o príncipe Cayetano Maria de Borbón-Dos Sicilias. A joia em platina, brilhantes e pérolas tem inspiração marinha e foi usada pela princesa Letizia uma única vez, durante a visita de estado da Presidente das Filipinas, em 2007.
A tiara Floral foi criada em 1967 pela casa joalheira Mellerio e foi oferecida por Franco à rainha Sofia como presente de casamento. Vimo-la no casamento da infanta Cristina com Iñaki Urdangarin e é uma das tiaras preferidas da rainha Letizia, que já a usou várias vezes. Esta joia é composta por cinco flores e pode ser transformada em pregadeira ou colar.
Há ainda uma tiara criada especialmente para a rainha Letizia pela casa Ansorena. A tiara Princesa é feita em ouro branco, tem 450 diamantes e 10 pérolas australianas. Letizia estreou-a em 2015, nas celebrações do 75.º aniversário da rainha Margarida da Dinamarca.
Depois do estrondoso sucesso do look de noiva de Kate Middleton, no qual a tiara Halo da Cartier teve um papel fundamental, foram raras as vezes em que a duquesa de Cambridge foi vista com esta peça. Na verdade, foram apenas três as tiaras que Kate já roubou ao precioso guarda-joias da rainha Isabel II.
A história da tiara Halo já foi contada várias vezes: como manda a tradição, a escolha de Kate Middleton para o seu dia de casamento foi "a peça emprestada". A joia, feita em 1936 pela Cartier, foi uma encomenda do rei George VI para oferecer à sua esposa, a rainha Isabel (rainha mãe), ainda antes de subir ao trono. Por sua vez, a rainha ofereceu-a à sua primogénita (a rainha Isabel II), quando esta fez 18 anos, e tem sido vista várias vezes nos membros da família real.
A tiara Flor de Lótus foi a segunda escolha da duquesa. Primeiro no jantar da Annual Diplomatic Reception, em 2013, e depois no evento no Palácio de Buckingham a propósito da visita de estado do Presidente chinês ao Reino Unido, em 2015. Os pais da rainha Isabel II também estão na origem desta tiara. Em 1923, o duque de York ofereceu à sua noiva, Elizabeth Bowes-Lyon, um colar de pérolas e diamantes como presente de casamento, mas a noiva preferiu pedir à casa joalheira Garrard para o transformar numa tiara. A rainha-mãe acabou por oferecer a peça à princesa Margarida.
A terceira escolha da duquesa de Cambridge foi a tiara Cambridge Lover’s Knot. Primeiro usou-a em 2015, na Annual Diplomatic Reception, e depois no ano seguinte para a mesma ocasião. A peça foi encomendada em 1913 ou 1914 pela rainha Mary (avó da rainha Isabel II) à casa Garrard. O nome vem do facto de a peça ser inspirada numa tiara da avó da rainha Mary, que foi duquesa de Cambridge, e pelo desenho dos 19 arcos que a compõem, cada um com uma pérola suspensa. Depois da morte da rainha Mary, em 1953, a tiara passou para a rainha Isabel II, que a usou inúmeras vezes durante a década de 1950. Seguiu-se a princesa Diana, que a considerava muito pesada, mas que a repetiu várias vezes.
Fotografia: Getty Images