A alta costura da Dior homenageia o poder criativo feminino

Sob a direção de Maria Grazia Chiuri, o desfile no jardim do Museu Rodin decorreu com uma instalação monumental da artista Rithika Merchant, que uniu tradição e inovação numa homenagem à força criativa feminina.

Foto: ©ADRIEN DIRAND
28 de janeiro de 2025 às 18:19 Safiya Ayoob

A semana de alta costura em Paris é um momento emblemático no calendário da Moda, na qual as grandes casas apresentam mais do que roupas, verdadeiras manifestações artísticas. Na edição primavera-verão 2025, a Dior, sob a direção criativa de Maria Grazia Chiuri, voltou a deslumbrar com as suas criações de alta costura e pelo cenário cuidadosamente concebido para acolher o desfile. Este palco, mais do que um simples pano de fundo, tornou-se uma extensão da narrativa da coleção, fundindo arte, tradição e modernidade numa experiência imersiva.

Foto: ©ADRIEN DIRAND
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Para este desfile, Maria Grazia confiou a criação de uma instalação artística a Rithika Merchant, artista nascida em Bombaim, cuja obra é profundamente enraizada nas histórias e tradições de Kerala, transmitidas pelas mulheres da sua linhagem. Rithika Merchant desenvolveu nove pinturas que captaram narrativas femininas através de símbolos universais e formas orgânicas. Estas obras foram traduzidas em painéis têxteis monumentais por Karishma Swali, os ateliers Chanakya e a Chanakya School of Craft, numa celebração da colaboração interdisciplinar e da mestria artesanal.

Foto: ©ADRIEN DIRAND

O resultado é uma paisagem visual repleta de referências a mitologias e desenhos botânicos. Esta instalação não é apenas uma homenagem ao poder criativo feminino, mas também um manifesto do compromisso da Dior em apoiar mulheres artistas de diferentes culturas. Apresentada no jardim do Museu Rodin, a obra poderá ser apreciada pelo público durante cinco dias, permitindo que todos experienciem esta fusão de arte e moda.

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Foto: ©ADRIEN DIRAND

Maria Grazia Chiuri continuou a explorar a ideia de moda como uma ponte entre o passado e o futuro. Inspirada pela linha Trapèze criada por Yves Saint Laurent para a Dior em 1958, a coleção primavera-verão 2025 é um jogo de metamorfoses. Cada peça reflete um paradoxo temporal: ora resgata memórias de épocas passadas, ora aponta para um futuro imaginário, num diálogo constante entre tradição e reinvenção.

Foto: ©ADRIEN DIRAND

Assim, podemos afirmar que o desfile da Dior não foi apenas um evento de Moda, mas uma celebração da criatividade, do feminismo e da arte como linguagem universal. Num cenário onde cada elemento parecia contar uma história, Dior provou, mais uma vez, que a alta costura é muito mais do que vestuário: é um veículo para a imaginação e a transformação.

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