O Olimpo da Moda está em festa. Paris é, por estes dias, palco da semana de alta-costura outono/inverno 2017-18 e já que a cidade das luzes está especialmente iluminada pelos deuses das passerelles, o Museu das Artes Decorativas e a casa Christian Dior juntaram-se para abrir ao público uma exposição muito especial: Christian Dior: Couturier du Rêve (Christian Dior: Designer of Dreams), que celebra o 70.º aniversário da Maison de 5 de julho a 7 de janeiro de 2018.
Christian Dior era um homem supersticioso e gostava de astrologia, por isso é apropriado dizer que no dia 12 de fevereiro de 1947 os astros se alinharam para fazer do primeiro desfile deste criador em nome próprio um momento histórico. De 1947 a 2017 muito aconteceu. Em jeito de resumo e para não estragar a surpresa a quem queira visitar a exposição ou mergulhar nos inúmeros livros dedicados à marca (entre eles uma autobiografia do próprio Dior), lembramos que passaram pela direção criativa sete magníficos: Christian Dior (1947/1957), Yves Saint Laurent (1958/60), Marc Bohan (1961/1989), Gianfranco Ferré (1989/1996), John Galliano (1997/2011), Raf Simons (21012/2015, Maria Grazia Chiuri (2015). A exposição conta com criações assinadas por todos eles.

Estão reunidos mais de 300 vestidos de alta-costura, acompanhados de ilustrações, fotografias, documentos, campanhas publicitárias, acessórios como chapéu, joias ou sapatos e, claro, perfumes tão famosos como a própria marca, entre eles o Miss Dior ou o J’Adore. Afinal, esta história com 70 anos constrói-se com muitos capítulos.
A exposição ganha uma dimensão especial ao aliar as criações de moda a uma seleção de peças de arte e design, como pinturas ou mobílias, bem como uma dimensão espacial, já que ocupa várias salas, incluindo a nave do museu que tem uma área de cerca de 3000 metros quadrados. Começando com a história de Christian Dior, a mostra segue um percurso cronológico, onde se destacam temas-chave da sua evolução e onde cada criador que sucedeu a Dior tem a sua própria galeria. Haverá um ateliê, porque é na magia do savoir-faire que se escondem os segredos da alta-costura, e ainda um salão de baile, onde os protagonistas são os vestidos, alguns deles usados por celebridades como a princesa Grace do Mónaco, a princesa Diana ou as atrizes Charlize Theron e Jennifer Lawrence.
Em 1947, com 42 anos de idade, Monsieur Dior apresentou aquele que seria um dos seus mais revolucionários desfiles. Não era um novato, bem pelo contrário, tinha no currículo uma galeria de arte (como coproprietário), figurinos para filmes de Hollywood (mais precisamente oito e com eles boas relações com a indústria da sétima arte, já que a marca foi desde sempre uma das favoritas das divas do cinema) e experiência de trabalho no ateliê de Lucien Lelong (um nome incontornável na cena de Paris desta época e da própria história da moda).

Tudo aconteceu no número 30 da Avenue Montaigne, na capital francesa, a morada que ainda hoje se mantém como quartel-general da marca. Para lá rumaram, cheias de curiosidade, estrelas de cinema, convidadas especiais e imprensa para um evento que ninguém queria perder (na altura, o fenómeno das redes socias estava distante, portanto ou se assistia ao desfile ou se esperava pela próxima estação). No final, a diretora da Harper’s Bazaar americana, Carmel Snow, nome incontornável da imprensa de moda da época exclamou "It’s such a New Look!" e assim ficou batizada a silhueta que viria a definir toda a década de 1950 e dar início a uma das mais importantes marcas do universo da moda.
A exposição Christian Dior: Couturier du Rêve (Christian Dior: Designer of Dreams) está patente de 5 de julho a 7 de janeiro de 2018, no Museu das Artes Decorativas, em Paris. Veja as imagens do cocktail de inauguração, em Paris, aqui.

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