O primeiro aspeto a ter em atenção tem a ver com as caraterísticas da pele dos bebés e das crianças. É uma pele mais sensível, mais fina e também com um cariz mais "inflamatório", pelo que é necessário ter alguns cuidados particulares com todos os produtos que são aplicados, incluindo os protetores solares. Assim, se o bebé/criança tiver uma pele saudável, ou seja, sem nenhum tipo de problema e apenas a sensibilidade considerada "normal" para a idade, os conselhos são os seguintes:
- Dos 6 meses aos 2 anos de idade. Como a pele nos primeiros dois anos é particularmente sensível, o que está indicado é utilizar um protetor solar que seja composto por filtros suficientemente grandes que não sejam absorvidos pela pele. Classicamente utilizam-se os filtros físicos ou minerais, embora já existam opções com filtros orgânicos de grandes dimensões que cumprem esses requisitos. O maior inconveniente deste tipo de protetor é que, como reveste a pele, são mais difíceis de espalhar e os bebés e crianças acabam sempre por ficar com um aspeto mais "untado" e esbranquiçado.
- Depois dos 2 anos de idade : A partir desta idade já se podem utilizar protetores com filtros químicos, ou seja, que são absorvidos pela pele e atuam no seu interior protegendo-a. São mais agradáveis do ponto de vista cosmético e a única precaução é mesmo utilizar um produto que seja pediátrico e com fator de proteção 50+.
Sempre que o bebé/criança tiver algum problema de pele (dermatite atópica, dermatite seborreica ou psoríase, por exemplo), a sua integridade vai estar comprometida e ela acaba por não conseguir funcionar como barreira tão bem quanto era suposto. Nesses casos faz sentido utilizar sempre protetores solares especificamente desenhados para esse tipo de pele, nomeadamente que sejam compostos por filtros de grandes dimensões e que não sejam absorvidos, sendo os filtros físicos ou minerais habitualmente os que são mais bem tolerados.