No meio da greve de argumentistas que já se encontra a decorrer em Hollywood, mais de 300 membros do Screen Actors Guild – incluindo Meryl Streep e Jennifer Lawrence – também estão a ameaçar entrar em greve.
Os atores pedem um novo contrato, até ao dia 30 de junho, que reflita um salário mínimo mais alto, lucros que considerem o crescimento do streaming, assistência médica, pensões e regulamentação de como as gravações individuais são usadas no processo de seleção nos castings.
"Esperamos que tenham ouvido a nossa mensagem: este é um ponto de reflexão sem precedentes no nosso setor, e o que pode ser considerado um bom negócio em qualquer outro ano simplesmente não é suficiente", é o que consta de uma carta endereçada à liderança da SAG-AFTRA, obtida pela publicação Rolling Stone. "Sentimos que os nossos salários, o nosso ofício, a nossa liberdade criativa e o poder do nosso sindicato foram prejudicados na última década. Precisamos de reverter estas trajetórias", é possível ainda ler na carta.
Outros nomes importantes que assinaram e concordaram em entrar em greve incluem Rami Malek, Quinta Brunson, Julia Louis-Dreyfus, Ben Stiller, Neil Patrick Harris, Amy Schumer e Amy Poehler. A carta também aborda as preocupações dos atores acerca do uso de inteligência artificial em filmes e na indústria: "Não acreditamos que os membros do SAG-AFTRA possam dar-se ao luxo de obter ganhos pela metade acreditando apenas que mais virá daqui a três anos, e pensamos que é absolutamente vital que esta negociação proteja, não apenas a nossa imagem, mas também que se certifique de que somos bem compensados quando algum do nosso trabalho é usado para experimentar IA."
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A carta conclui: "Queremos que saibam que preferimos entrar em greve a fazer concessões nesses pontos fundamentais, e acreditamos que, se nos contentarmos com um acordo menos que transformador, o futuro do nosso sindicato e o nosso ofício serão prejudicados.".
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