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Celebridades

Elizabeth da Bélgica, a princesa moderna que vai para a Academia Militar

Loura e simpática, Elizabeth, herdeira do trono belga, parece uma princesa como manda a tradição monárquica. Mas, senhora de uma personalidade forte, anunciou agora a sua opção por estudar na Academia Militar ao mesmo tempo que as suas opções de estilo se tornam tendências.

Foto: Getty Images
17 de setembro de 2020 às 07:00 Maria João Martins

O título que usa - Duquesa de Brabante - tem uma sonoridade medieval, mas, aos 18 anos, Elizabeth, herdeira do trono da Bélgica, não vive propriamente numa torre de marfim. Ao anunciar recentemente, na conta de twitter da casa real belga, que, terminados os seus estudos secundários, ingressaria na academia militar em que o pai esteve há 40 anos, não só causou escândalo, como os leggings da marca RectoVerso, que usa na foto do tweet, esgotariam em poucas horas.

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Nascida em Anderlecht, a 25 de outubro de 2001, é filha do rei da Bélgica, Filipe I, e de sua mulher, Matilde, e tornou-se herdeira do trono em 2013, quando o avô, Alberto II, abdicou em favor do seu primogénito. Frequentou até aqui o Atlantic College, no País de Gales, fundado em 1962 pelo pedagogo alemão Kurt Hahn, o mesmo que já criara um colégio na Escócia, conhecido pelos métodos rigorosos aplicados a alunos tão famosos como o Príncipe Carlos de Inglaterra. Seja porque as práticas mudaram nas últimas décadas, seja porque Elizabeth é uma rapariga de têmpera, a verdade é que publicamente ela dá sempre mostras de grande à vontade. Em outubro de 2019, a festa dos seus 18 anos, realizada no Palácio Real de Bruxelas, foi, por sua iniciativa, partilhada com 80 rapazes e raparigas, que têm em comum a mesma data de aniversário.

Foto: Getty Images

Para Elizabeth, o tempo das princesas frágeis como flores raras pertence definitivamente ao passado. Concilia, sem pruridos, a feminilidade da postura com a prática de desporto e, agora, com a opção académica por Estudos Militares, na mais importante Escola de oficiais do seu país. Isto, ao mesmo tempo, que demonstra um apurado sentido de Moda. Na esteira de Kate Middleton ou de Letizia de Espanha, Elizabeth pode tornar-se uma influencer real, com impacto, no caso dela, sobre as escolhas de adolescentes e jovens mulheres. O sucesso fulgurante das leggings da Rectoverso, que levou à rutura de stock na empresa que as produziu, não foi a primeira vez que a herdeira belga desencadeou a fúria consumista das compatriotas. Em julho deste ano, a Vogue britânica incluiu-a na lista muito exclusiva das Princesas juniores mais bem vestidas, destacando o modo muito pessoal como combina formalidade com irreverência, bem como a sua habitual preferência por designers do seu país, fornecendo-lhes, assim, uma montra privilegiada do seu trabalho.

Foto: Getty Images

De Elizabeth pode-se dizer que tem a quem sair. Nos anos 60, a sua avó paterna,  Paola, italiana de nascimento, foi, para além de incontestável beldade, um ícone de Moda muito procurado pela imprensa da época e o popular cantor Adamo dedicou-lhe a canção Dolce Paola. Loura, sempre vestida nos melhores costureiros de Paris, aproximava-se mais, no estilo, de Grace do Mónaco ou de Margarida de Inglaterra, do que da sua austera cunhada, a rainha Fabíola, a titular espanhola que, em 1960, casara com o rei Balduíno, num vestido de Balenciaga, belíssimo mas quase monacal na forma.

Se tudo correr como previsto, Elizabeth será a primeira mulher reinante na História da Bélgica. Fundada em 1831 por Leopoldo I (de que a jovem descende em linha direta), a monarquia deste país contou, no entanto, com algumas figuras femininas marcantes como as rainhas Astrid, prematuramente falecida num acidente de viação, sua bisavó paterna, Fabíola, consorte do rei Balduíno ou a própria Paola. Mais velha de quatro irmãos (dois dos quais, rapazes), Elisabeth foi designada herdeira do trono à nascença já que a Bélgica abandonara a lei sálica (que concede a primazia na sucessão aos filhos do sexo masculino) em 1991.O gradual abandono desta prática nos países onde a monarquia ainda vigora poderá, a médio prazo, fazer com que a Europa tenha um número record de rainhas, já que, para além da Bélgica, também a Espanha, Holanda, Suécia e Noruega têm raparigas na primeira linha de sucessão ao trono.

Foto: Getty Images
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