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As maiores diferenças salariais no cinema e na televisão
Quanto vale regravar um filme? Para o ator Mark Wahlberg 1 milhão e meio, para Michelle Williams, menos de mil doláres. Esta é a ultima polémica da indústria do cinema, mas há mais.
Assédio sexual, desigualdades salariais, movimentos de revolta – Hollywood está virado do avesso. O estudo Age, Gender and Compensation:A Study of Hollywood Movie Stars,publicado em 2014 pelo Journal of Management Inquiry, concluiu que o pagamento a atrizes em filmes aumenta até chegarem aos 34 anos, depois decresce rapidamente (assim como o número de papéis conseguidos). Para os homens, o auge é atingido aos 51 e, depois dessa idade, não se verificam descidas abruptas nos salários.
O último caso desta disparidade salarial envolve dois atores bem conhecidos do grande ecrã. Depois de terem vindo a público as acusações de assédio sexual contra o ator Kevin Spacey, que no ano passado filmou Todo o Dinheiro do Mundo (All the Money in the World, 2017), o realizador Ridley Scott substituiu-o por Christopher Plummer como J. Paul Getty. A decisão implicou voltar a filmar todas as cenas da personagem, muitas delas com Michelle Williams e Mark Whalberg, que, segundo Ridley Scott, aceitaram regravar várias cenas do filme sem receber mais por isso.
Agora, vieram a público informações de que Michelle Williams recebeu apenas mil dólares (aproximadamente 837 euros) para voltar a filmar enquanto Mark Whalberg teve direito a 1 milhão e meio de dólares (cerca de 837 mil euros). Qual a agência que negocia em nome dos atores? A mesma. Os dias de trabalho de um e de outro? Também os mesmos: nove. Uma das justificações será a diferença dos contratos dos dois atores – o de Williams incluía a regravação de cenas e o de Whalberg não, mas a enorme diferença de salários continua por explicar. E prova que a desigualdade salarial mantém-se como um dos problemas principais na indústria do cinema. Mas há mais casos. Veja-os acima.
1 de 13 /Jennifer Lawrence | Logo após a Sony ter sido invadida por hackers e ter posto à vista de todos documentos importantes sobre a indústria do cinema, Jennifer Lawrence descobriu que ela e a colega de elenco Amy Adams tinham recebido um valor monetário inferir ao dos colegas do sexo masculino, pelo filme Golpada Americana (American Hustle, 2013). Admitindo que poderia ter negociado melhor no contrato do filme, e em carta aberta, Lawrence expressou o seu descontentamento em relação à situação. “Eu estaria a mentir se não admitisse que o facto de ter querido ser apreciada tivesse influenciado a forma como negociei sem ripostar. Eu não quis parecer ‘difícil’ nem mimada.” Sobre a reação de Lawrence, David O. Russell terá dito: “Eu suporto a igualdade salarial, mas não é o meu trabalho negociar os pagamentos.”
2 de 13 /Rooney Mara | Depois da carta aberta de Jennifer Lawrence, foram várias as atrizes que se manifestaram para apoiar a causa. Embora sem especificar em que filme lhe aconteceu o mesmo, ser paga de forma desigual, a atriz Rooney Mara contou ao The Guardian que esta luta era uma das mais difíceis e revoltantes em Hollywood. “Eu já trabalhei em filmes em que depois vim a descobrir que os meus colegas, homens, receberam o dobro do que eu recebi.”
Foto: Getty Images3 de 13 /Emma Stone | Em agosto passado o The Telegraph revelou os lucros anuais das celebridades mais bem pagas do ano de 2016. Os dados mostraram que 19 homens ganharam 15 milhões (ou mais) nesse ano – nomes como Ryan Reynolds, Matt Damon, Jeremy Renner, Chris Evans e Chris Pratt estavam na lista. Por outro lado, apenas cinco mulheres conquistaram o mesmo valor: Emma Stone, Jennifer Aniston, Jennifer Lawrence, Melissa McCarthy e Mila Kunis. Emma Stone é uma das atrizes com mais voz ao exigir a igualdade salarial em Hollywood e terá dito: “Até hoje, na minha carreira, precisei que os meus colegas de elenco do sexo oposto acertassem os seus salários para que estivessem nivelados com o meu. E isso é algo que eles fazem por mim porque sentem que é o correto e o justo.”
Foto: Getty Images4 de 13 /Quando Charlize Theron descobriu que iria ser paga de forma desigual à do seu colega de elenco Chris Hemsworth no filme O Caçador e a Rainha do Gelo (The Huntsman: Winter’s War, 2016), exigiu que se nivelassem os valores – que estavam díspares em 10 milhões de dólares.
5 de 13 /Priyanka Chopra | Na entrevista que deu à Glamour quando foi capa desta revista em 2017, a atriz Priyanka Chopra falou sobre o longo caminho a percorrer no que respeita à paridade salarial. “Sempre me disseram que as atrizes são facilmente substituídas porque nos filmes as estrelas são os homens. Acostumei-me, por isso, a ser paga de forma díspar em relação aos homens”, explica. No entanto, tem esperança no futuro: “Vai ser sempre assustador e vão existir conflitos, mas as mulheres têm uma resistência e força incríveis.”
6 de 13 /Amy Schumer | Comediante e atriz, Amy Schumer revelou, quando foi capa da revista Variety em agosto de 2017, que pediu mais dinheiro à Netflix pelo filme The Leather Special depois de saber que Chris Rock e Dave Chappelle ganharam mais pelos seus próprios shows.
Foto: Getty Images7 de 13 /Natalie Portman | Em 2017, a atriz Natalie Portman recordou o filme de comédia Sexo Sem Compromisso (No Strings Attached, 2011), que fez lado a lado com Ashton Kutcher, porque o ator foi pago três vezes mais que ela. “Pagam-nos muito dinheiro, é difícil queixarmo-nos. Mas a desigualdade é absurda”, terá dito, sobre a disparidade.
8 de 13 /Diane Keaton | A propósito do filme Alguém Tem que Ceder (Something's Gotta Give, 2003), a atriz Diane Keaton revelou, no livro Then Again, que recebeu menos que o colega Jack Nicholson, que tinha um papel de menor protagonismo. Quando Nicholson soube da diferença enviou a Keaton um cheque com a diferença.
Foto: Photo by Lars Niki/Getty Images for The Academy of Motion Picture Arts & Sciences 9 de 13 /Meryl Streep | Uma das atrizes mais poderosas de Hollywood, Meryl falou da desigualdade salarial durante a cerimónia dos Globos de Ouro de 2017. Em 2016, já havia dito à revista Time que estava feliz por os homens se juntarem à causa e terem finalmente começado a ajudar a mudar esta realidade. “Os homens estão envergonhados por estarem a receber este dinheiro. Costumava estar tudo bem, porque ninguém falava sobre isto. Agora estão um pouco mais nervosos ao pensar que alguém pode descobrir que estão a receber mais por papéis com protagonismos iguais.”
10 de 13 /Amanda Seyfried | A atriz Amanda Seyfried junta-se à lista das mulheres descontentes com esta realidade. Em 2015, disse: “Há uns anos, num dos filmes que fiz com maior orçamento, descobri que me estava a ser pago apenas 10% daquilo que o meu colega de elenco estava a receber, e ambos estávamos no mesmo status da profissão”, terá dito. Não chegou a revelar em que filme se passou, mas a desigualdade é evidente.
11 de 13 /Catt Sadler | Depois de saber que o apresentador Jason Kennedy, com quem fazia o seu programa no canal E! News, ganhava o dobro do seu salário há vários anos, Catt Sadler abandonou a estação. “Eu sou uma mãe solteira com dois filhos. Dei tudo a este canal. Sacrifiquei a minha família e dediquei a minha vida profissional toda a este projeto. Depois de se descobrir algo assim sentimo-nos muito pequenos, pouco apreciados e subvalorizados.”
12 de 13 /Patricia Arquette | Quando recebeu o Óscar de Melhor Atriz Secundária em 2015 pela prestação no filme Momentos de Uma Vida (Boyhood), Patricia Arquette dirigiu o seu discurso a esta realidade. “É a nossa vez de equilibrar os salários de uma vez por todas e garantir que os homens e as mulheres têm os mesmos direitos nos Estados Unidos da América.” Um ano depois, no Dia da Igualdade Salarial, disse: “As mulheres têm lutado pelos seus direitos por 227 anos, e chegamos agora a um ponto de rutura.” Em média, a diferença salarial entre homens e mulheres custa às mulheres quase meio milhão de dólares ao longo da sua vida.” Em média a diferença salarial entre homens e mulheres, custa às mulheres quase meio milhão de dólares ao longo da sua vida”.
13 de 13 /Oprah Winfrey | Parte do projeto especial da Time, ‘Time Firsts’, que aprecia o trabalho das mulheres que estão a mudar o mundo, Oprah Winfrey revelou que luta contra a desigualdade salarial há décadas, recordando o momento em que começou o seu próprio programa. “Eu comecei o programa a trabalhar com jovens produtoras. Tínhamos cerca de 30 anos e estávamos a tentar perceber o nosso próprio caminho.” Mas enquanto Winfrey ganhava cada vez mais dinheiro, às colegas de produção eram mantidos os mesmos salários. Dirigindo-se ao chefe, Winfrey pediu que esses salários fossem aumentados. A resposta foi: “Elas são miúdas. São um grupo de rapariguinhas. Para que quererão mais dinheiro?” E Oprah disse: “Ou elas são aumentadas ou eu sento-me e não há programa. Não trabalho até isso acontecer.”
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