Chris Brown cria polémica ao comentar foto de Rihanna no Instagram

Depois de a cantora postar fotos em que veste a sua linha de lingerie, os fãs correram para defendê-la e criticar Brown. Saiba porquê.

Foto: Christopher Polk/Getty Images for NARAS
28 de novembro de 2018 às 19:00 Aline Fernandez

Quase dez anos após Chris Brown ter agredido a então namorada Rihanna, muitos fãs não estão dispostos a esquecer o incidente – e ainda bem. A cantora de Barbados partilhou duas imagens com a sua linha de lingerie Savage x Fenty e a Internet foi rápida ao registrar que Brown comentou uma das fotos com um emoji corado e com olhos arregalados.

Contudo, o que talvez Brown não esperasse foi a reação nervosa dos fãs, com respostas como "vá embora", "não se aproxime", "deixa-a sozinha" e muitas outras.  

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De lembrar que em 2009 o cantor aceitou um acordo judicial de serviço comunitário e cinco anos de liberdade condicional formal, bem como aconselhamento sobre violência doméstica depois de se declarar culpado de agressão criminosa a Rihanna. Após o escândalo e das imagens da cantora agredida circularem pela Internet, o casal voltou a reunir-se em 2012 e até gravou um dueto chamado Nobody’s Business no mesmo ano. Contudo, separaram-se novamente um ano depois.

Em novembro de 2015, Rihanna – que pediu ao tribunal para levantar a ordem de restrição contra ele, como muitas mulheres que já testemunharam sobre violência doméstica já fizeram – deu uma entrevista à revista Vanity Fair e explicou-se. "Eu sentia-me muito protetora em relação a ele. Eu senti que as pessoas não o entendiam. Mesmo depois… Mas sabe, percebi depois de um tempo que nessa situação nós próprios somos o inimigo. […] Às vezes é preciso ir embora. […] Eu não o odeio. Vou preocupar-me com ele até ao dia que eu morrer. Nós não somos amigos, mas não somos inimigos. Não temos nenhum relacionamento agora."

Rihanna fez ainda um alerta, sempre válido de repetir: "Muitas mulheres, muitas jovens, ainda estão a passar por isto. Muitos rapazes também. Não é um assunto para varrer para debaixo do tapete, por isso eu não posso simplesmente esquecer isto e agir como se não fosse nada, ou não estaria a levar a questão a sério. Eu e qualquer pessoa que tenha sido vítima de violência doméstica não queremos voltar a lembrar-nos disso." Fica a dica, Chris Brown.

Vale ainda a pena referir que um inquérito recente realizado a mais de 6.000 mulheres em cinco países europeus e nos Estados Unidos da América indica que a maioria das mulheres já sofreu abordagens indesejadas, contacto físico forçado, perseguições e assobios. Por casos como esses continuarem a acontecer, o Governo português lançou uma campanha pela eliminação da violência contra as mulheres este ano. O caminho ainda é grande a percorrer, porque mesmo em casos extremos, oito países europeus, incluindo Portugal, mantêm legislações onde a violação só existe quando está envolvida violência física, ameaça ou coação. Sem isso, o sexo sem consentimento, por exemplo, não constitui crime.

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* O número 800 202 148 de apoio a vítimas de violência doméstica é um serviço de informação gratuito e está disponível 24 horas por dia.

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