Terapia da rejeição. Um ato de humiliação ou uma nova abordagem?
Esta prática tem vindo a ganhar popularidade, especialmente nas redes sociais como o TikTok. Consiste em expor-se intencionalmente a situações onde a rejeição é provável, com o objetivo de combater o medo da rejeição e reduzir a ansiedade social.

A terapia da rejeição baseia-se na exposição sistemática, uma técnica utilizada na terapia cognitivo-comportamental (TCC). Esta técnica envolve a confrontação gradual e orientada de situações temidas para que a pessoa perceba que estas não são tão catastróficas como inicialmente imaginado. Em contexto clínico, a exposição é acompanhada por um terapeuta que ajuda na reestruturação cognitiva e na preparação para enfrentar essas situações. No entanto, na terapia da rejeição popularizada nas redes sociais, este processo é realizado sem qualquer acompanhamento profissional. Segundo a psicóloga e sexóloga Catarina Lucas, "enfrentar situações de rejeição sem o devido acompanhamento pode ser prejudicial. A exposição sistemática é uma técnica eficaz quando bem orientada, mas sem supervisão pode resultar em retraumatização e aumento da ansiedade social."
Pessoas que aderem à terapia da rejeição colocam-se deliberadamente em situações desconfortáveis, como fazer pedidos incomuns a desconhecidos. O objetivo é reduzir o medo da rejeição, aumentar a confiança e melhorar as competências sociais. No entanto, sem a orientação adequada, estas práticas podem ter efeitos adversos. A profissional alerta que "a exposição sem supervisão pode levar ao desconforto emocional e à superficialidade nas interações sociais, o que pode impedir a formação de relações genuínas."

A falta de acompanhamento clínico na terapia da rejeição pode resultar em diversos riscos. Entre eles, destaca-se o possível agravamento dos sintomas de ansiedade e o desenvolvimento de uma visão superficial das interações sociais. Além disso, a retraumatização é um risco real, especialmente para aqueles com histórico de rejeição severa. "A terapia de rejeição, quando mal executada, pode ser pior do que a ausência de tratamento. Cada indivíduo é único, e uma técnica que funciona para uns pode não ser adequada para outros," reforça Catarina Lucas.
A gestão adequada da ansiedade social requer a orientação de um psicólogo que possa adaptar as técnicas terapêuticas às necessidades específicas de cada paciente. A reestruturação cognitiva, a preparação para a exposição e o apoio contínuo são fundamentais para garantir resultados positivos e minimizar riscos. A psicóloga conclui que "é essencial que qualquer abordagem terapêutica, incluindo a exposição a situações de rejeição, seja realizada sob supervisão profissional. Só assim se pode garantir a eficácia e a segurança do tratamento."
A terapia da rejeição, como prática não supervisionada, apresenta sérios desafios e potenciais riscos. Embora a exposição sistemática seja uma técnica comprovada na TCC, a sua aplicação sem acompanhamento pode levar a resultados adversos. A orientação de um psicólogo é crucial para garantir que as técnicas são adaptadas às necessidades individuais e que o tratamento é seguro e eficaz. Em última análise, é essencial lembrar que o tratamento da ansiedade social deve ser realizado com cuidado e profissionalismo para assegurar o bem-estar do paciente.

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