Grávidas devem fazer massagens? Se sim, quais?
Testámos, aos oito meses, uma massagem para grávidas no The Vintage Lisbon, em Lisboa.
A ligação entre humanos e animais de estimação vai além da companhia diária. Alguns estudos demonstram que a presença de um cão pode contribuir para a saúde emocional, reduzindo a ansiedade e proporcionando um maior sentido de segurança. Segundo Carlos Lopes Figueiredo, pneumologista especialista em sono, "alguns estudos em pessoas com dor crónica demonstraram que dormir com um animal doméstico melhora subjetivamente o sono, aumentando o conforto e reduzindo a insónia".
Além disso, a posse de um cão incentiva a atividade física, especialmente em pessoas mais velhas, o que, por sua vez, pode contribuir para uma melhor higiene do sono. Um estudo publicado na revista Human Nature sugere que partilhar o quarto ou a cama com um animal não é um fenómeno moderno, tendo sido uma prática comum ao longo da história para conforto e proteção.
Apesar dos benefícios, há preocupações relacionadas com a higiene. Os cães que passeiam na rua podem trazer germes, bactérias, vírus, fungos e parasitas para dentro de casa, o que pode representar um risco para a saúde dos tutores. "Existe muita discussão científica ativa quanto ao papel da exposição aos ‘germes’ que os animais domésticos trazem da rua", explica Carlos Lopes Figueiredo. "O mais importante é manter uma higiene adequada do animal, vigiar sinais de doença e garantir um acompanhamento veterinário regular, incluindo a vacinação". Outro ponto relevante é a possibilidade de alergias. O contacto com pelos e outros alergénios pode agravar sintomas respiratórios noturnos, especialmente em pessoas com asma ou rinite alérgica.
Dormir com um cão pode afetar a qualidade do sono de diferentes formas. Se o animal for calmo e tiver padrões de sono compatíveis com o do tutor, a presença na cama pode não causar problemas. No entanto, "sempre que a presença do animal doméstico cause disrupção do sono, principalmente em pessoas com queixas associadas ao sono, deverá ser equacionado um treino para o cão ter um local apropriado para dormir", alerta o especialista. Os cães de pequeno porte tendem a mover-se mais durante a noite, o que pode provocar despertares frequentes. Já os cães de maior porte costumam dormir períodos mais longos e, por isso, podem ser menos perturbadores.
E quanto aos gatos? Aqui a situação é diferente, pois os felinos têm hábitos noturnos e tendem a ser mais ativos durante a noite, o que pode resultar em maior disrupção do sono do dono.
Quando há bebés em casa, as recomendações são mais restritivas. "Geralmente, recomenda-se limitar o acesso não supervisionado dos animais domésticos ao bebé", diz Carlos Lopes Figueiredo. Há preocupações com segurança física, como o risco de obstrução das vias respiratórias, além da possibilidade de transmissão de infeções. Por isso, é aconselhável que o bebé durma sem a presença do animal na cama.
Conclusão: sim ou não? A resposta não é universal. Cada caso deve ser avaliado individualmente, considerando o comportamento do animal, o impacto no sono do tutor e as condições de saúde envolvidas. Como destaca Carlos Lopes Figueiredo, "não existe evidência científica para, de uma forma generalizada, recomendar não dormir com animais domésticos". Se o cão não perturba o sono e está bem cuidado, partilhar a cama pode ser uma experiência positiva. Caso contrário, vale a pena considerar outras opções para garantir um descanso de qualidade para ambos.