Testemunho. Porque é que alguns tons de batom não nos favorecem?
Nunca percebi o porquê de tons que ficavam lindos noutras pessoas, ficarem diferentes em mim. Já tenho a resposta.

Grande parte da minha adolescência foi passada a ver tutoriais de maquilhagem no YouTube. Recordo-me de que, em 2015 e 2016, um dos produtos mais falados e desejados era o batom nude. Como tantas outras adolescentes, eu também queria encontrar o meu batom nude perfeito. Contudo, a realidade era que, para mim—uma pessoa com um tom de pele mais escuro—os nudes que as youtubers usavam simplesmente não se adaptavam ao meu rosto. A minha mente adolescente não conseguia compreender por que razão aquele batom, que realçava tão bem os lábios da NikkieTutorials (famosa personagem das redes sociais na maquilhagem), não tinha o mesmo efeito em mim.
A resposta, que demorou a chegar, é que tem tudo a ver com os subtons da pele. Embora os batons possam ser iguais em termos de cor, cada um de nós apresenta uma tonalidade única, influenciada pelos subtons que podem ser quentes, frios ou neutros. Assim, mesmo que duas pessoas escolham um batom idêntico, a forma como ele se revela com o tom da pele pode ser drasticamente diferente. Um batom que brilha nos lábios de uma influencer pode parecer apagado ou até mesmo destoar na minha pele e a verdade é que não faz mal. A culpa não é minha, nem da minha pele. O meu subtom simplesmente não foi feito para usar aquela cor, mas existem muitas outras. Confesso que gostaria que alguém me tivesse ensinado isto quando eu procurava o meu nude perfeito.

O entendimento dos subtons é crucial para encontrar as cores que nos favorecem verdadeiramente. Por exemplo, um batom nude com um fundo rosado pode ficar lindo em peles com subtom frio, enquanto um nude com um fundo alaranjado pode ser mais adequado para peles com subtom quente. Este reconhecimento não se limita apenas ao batom; aplica-se a todas as escolhas de maquilhagem, desde a base até ao blush. Aprender a respeitar e valorizar as nossas diferenças é fundamental, e é um passo essencial para nos sentirmos mais confiantes e autênticas.
Foi um longo caminho até eu perceber que a beleza é diversa e que não existe um único padrão que sirva para todas. Cada uma de nós deve abraçar as suas particularidades e explorar as cores e os produtos que realmente refletem a nossa essência. E assim, convido todas as mulheres—independentemente do tom de pele ou dos subtons— a encontrarem o seu próprio batom nude, aquele que se torna uma extensão da sua identidade, em vez de uma tentativa de se encaixar num ideal que não lhes pertence. E queria só deixar como última nota que, depois de sete anos à procura do meu nude perfeito, finalmente o encontrei: o Rouge Allure da Chanel no tom 196 - À Demi-Mot.

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