O outro lado de Petra Collins
É artista visual, curadora, dirige filmes musicais para artistas como Selena Gomez ou Cardi B e é uma das embaixadoras da nova fragrância da Gucci. A canadiana Petra Collins é uma das it-girls do momento. Conheça-a melhor

Ganhou maior visibilidade quando o seu livro de fotografias Babe (editado pela Prestel Verlag) foi considerado um dos melhores de 2015, mas Petra Collins já andava no "radar" dos críticos desde o início da década. Conhecida pela sua abordagem feminina, fotografa para a revista Rookie, dirige filmes musicais para artistas como Cardi B. e Selena Gomez e já foi considerada pelas revistas Vanity Fair e The New Yorker como uma it-girls que a quem devemos estar atentos.

Como é que surgiu esta paixão pela fotografia?
Comecei a tirar fotografias quando tinha 15 anos, quando me apercebi que não podia dançar mais. Sou uma pessoa muito visual, sempre fui apaixonada por cinema e televisão, sabia que precisava de uma forma de me expressar, mas queria fazê-lo rapidamente – quando somos jovens queremos tudo rápido e fazer filmes não é propriamente fácil. Por isso comecei a tirar fotografias, era a minha maneira de criar histórias com apenas um frame. Comecei a fotografar a minha irmã e as amigas dela e tenho fotografado centenas [de pessoas] mais depois disso… Foi crescendo.

O que é que faz por pura diversão?
Isto vai soar muito preguiçoso, mas adoro ficar na cama. Adoro conviver com os meus amigos na minha cama, porque sinto que é um sítio especial, seguro, é como um jardim secreto. É uma das minhas coisas preferidas.
Diz que se entrega a tudo o que faz. Porque é que isto é tão importante?
É muito importante sermos fiéis a nós próprios porque só nos temos a nós na realidade. Qual é o sentido de não viver autenticamente? Temos tão pouco tempo que mais vale vivermo-lo de verdade, da maneira mais genuína e louca e bonita, e fazer com que signifique alguma coisa.
Tem memórias preferidas ligadas a aromas ou cheiros?
Um dos meus aromas preferidos é o do prédio do meu avô, em Budapeste. Tem algo que não consigo explicar. Há sempre flores e plantas no lobby e tem um cheiro muito almiscarado e antigo, e nunca muda, de todas as vezes que lá vou.
Fale-nos da fragrância Gucci Bloom.
É uma mistura de diferentes mundos mas também uma evolução, um crescimento. O que eu mais gosto na colecção da marca é precisamente o facto de viver em diferentes mundos simultaneamente. Há um toque de passado e de presente mas também de futurismo. Esta fragrância não foge à regra: tem o almiscarado que remete para o antigo, o lado floral, e na realidade, o resultado final cheira a algo totalmente novo.
Há algum momento da sua vida em que tenha "florescido"?
Sim, sem dúvida. Já fui bailarina e tive uma lesão horrível devido a um acidente quando tinha 16 anos. Depois da cirurgia ao joelho disseram-me que não podia dançar mais e fiquei sem saber o que haveria de fazer. Foi então que me dediquei à fotografia porque precisava de alguma coisa criativa, e nunca mais parei. Foi uma transição maluca que se transformou numa coisa muito bonita, porque agora é o que quero fazer para o resto da minha vida.
Quem é que a inspira?
A minha irmã mais nova. Tem sido a minha espécie de musa desde o primeiro dia e está sempre lá para mim. É uma verdadeira flor. Inspira-me emocionalmente, esteticamente e temos um laço muito especial.
