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Um parto espontâneo ou induzido? Há uma ferramenta que ajuda a fazer a previsão

Há alguns bebés com mais pressa de nascer do que outros. E depois há aqueles que não parecem ter pressa nenhuma.

Um parto espontâneo ou induzido? Há uma ferramenta que ajuda a fazer a previsão
Um parto espontâneo ou induzido? Há uma ferramenta que ajuda a fazer a previsão
21 de julho de 2017 às 07:00 Carla Mendes

São aqueles que se vão deixando estar, para além das 40 semanas de gestação, sem sinal aparente de querer conhecer o mundo. É para estes casos que os investigadores da Universidade Politécnica de Valência (UPV) e do Hospital Universitário e Politécnico La Fe, em Espanha, desenvolveram um dispositivo capaz de prever se o parto vai ser natural ou se, pelo contrário, haverá necessidade de provocar o nascimento.

"As gravidezes prolongadas, para além das 40 semanas, podem gerar riscos adicionais (hipoxia, taquicardia, infeções, hemorragia, etc.)", explica à Máxima Javier Garcia Casado, investigador do CI2B da UPV, um dos responsáveis pela novidade. "O parto espontâneo é sempre melhor do que o provocado, mas se com esse tempo extra o parto tiver de ser induzido, é melhor fazê-lo à semana 40 e evitar os riscos adicionais decorrentes de uma gestação tardia. Neste sentido, seria útil poder prever se o parto vai ser espontâneo ou se, pelo contrário, terá de ser induzido."

E é através dos sinais dados pelo músculo uterino que já se pode fazer isso mesmo. O investigador explica que tudo acontece através de um aparelho portátil e compacto, que não afeta nem interrompe a prática clínica habitual. "Enquanto as equipas registam a frequência cardíaca, as contrações, etc., este sistema, composto por elétrodos que se colocam sobre o abdómen materno, vai monitorizar os sinais uterinos."

Vantagens para o seu uso não faltam, a começar pela possibilidade dada às mulheres de "tomarem uma decisão, baseada em informação clínica, sobre o prolongamento da gravidez e, sobretudo, saberem se é preciso antecipar a indução e evitar que a gestação avance desnecessariamente até à 41.ª ou 42.ª semana. Além disso, pode contribuir para uma melhor otimização dos recursos de saúde.

Javier Garcia Casado confirma que esta é uma tecnologia que, dentro em pouco, estará disponível não só na prática clínica como também em casa, "para medir a dinâmica uterina e inclusive os movimentos e frequência cardíaca fetal". O passo seguinte do trabalho que a sua equipa se encontra a realizar é "validar o sistema junto do maior número de pacientes e incorporar a sua aplicação na prática clínica de forma progressiva". Ao mesmo tempo, procura desenvolver esta ferramenta para outro tipo de previsões, entre elas saber se a indução será bem-sucedida ou se haverá necessidade de uma cesariana.

Fotografia: Getty Images

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