João Guirao, ministro da Cultura espanhol, elogiou a linguagem da poetisa, descrevendo-a como "destacada e reconhecida". E leu o comunicado do júri do prémio, onde se diz que "este prémio reconhece uma trajetória poética, intelectual, crítica e tradutora de primeira ordem".
Ida, que nasceu em Montevideo, em 1923, é elogiada pelos poemas que exploram o sentido das palavras e pela sua metalinguagem.

Para além de Vitale, apenas 4 mulheres receberam este prémio: as espanholas María Zambrano (1988) e Ana María Matute (2010), a cubana Dulce María Loynaz (1992) e a mexicana Elena Poniatowska (2013). No entanto, a distinção já foi atribuída a cerca de 40 homens do mundo da literatura.
Até agora, o Prémio Cervantes apenas tinha sido atribuído a personalidades espanholas ou americo-latinas, no entanto, o ano passado foi atribuído ao nicaraguense Sergio Ramírez, que pertenceu ao grupo de jurados este ano, mudando assim as "regras" do jogo.

«Sí, no vayamos más lejos
quedemos junto al pájaro humilde
que tiene nido entre la buganvilia

y de cerca vigila.
Más allá sé que empieza lo sórdido,
la codicia, el estrago».

Felicidades a Ida Vitale, ganadora del #PremioCervantes 2018. https://t.co/HWyP5WupzC vía @cvc_cervantes pic.twitter.com/3OJBbqjaLa
