FESTin dá voz à diversidade através do cinema e apresenta quase 40 filmes
É a 14ª edição do Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa que decorre em Lisboa e Almada, entre os dias 29 de junho e 7 de julho.

O FESTin - Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa realiza-se este ano, pela primeira vez no verão, mais precisamente entre o dia 29 de junho e 7 de julho. Lisboa e Almada recebem este certame que já vai na sua 14ª edição. Os quase 40 filmes vão poder ser vistos nos cinemas Ideal, São Jorge, Fórum Lisboa e Cine Incrível.
A seleção de filmes é vasta e abrange temas como a música, a diversidade, a inclusão social, infanto-juvenil e até mesmo assuntos como o direito à habitação, racismo e sexo. Com quase 40 títulos, o festival terá produções de Portugal, Brasil, Timor-Leste, Moçambique e Cabo Verde.
"O tema deste ano é a diversidade. É a volta da esperança, da alegria, do fazer e da cultura", revelou no comunicado Léa Teixeira, diretora do FESTin. De referir que há filmes exibidos em festivais importantes do circuito audiovisual como Berlinale Panorama 2022, Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Festival du Cinéma Brésilien de Paris e International Film Festival Rotterdam 2023.
O FESTin traz as habituais secções competitivas de ficção, documentário e curtas-metragens. Os júris conferem aos vencedores o Prémio Pessoa, além de menções honrosas nas categorias: Melhor Longa-Metragem (Ficção), Melhor Realizador (Ficção), Melhor Ator (Ficção), Melhor Atriz (Ficção), Melhor Documentário e Melhor Curta-Metragem. Ainda há o FESTinha para as crianças, a Mostra de Cinema Brasileiro e o regresso da mostra "Os Diferentes Sotaques da Lusofonia", em parceria com a PROCULTURA.

A festa continua do lado de lá do Tejo, com uma sessão de curtas do festival no Cine Incrível de Almada. A celebração do cinema em português contará ainda com uma série de atividades paralelas, como festas, confraternizações e rodadas de negócios, para que o público possa aproveitar ao máximo este evento que, desde 2010, faz parte do calendário cultural de Lisboa.
Na disputa de longa de ficção os finalistas são: Barranco do Inferno (Portugal, 2022, realização Fabio Duque Francisco), Escobar (Portugal, 2022, Heloísa Toledo Machado), Fogaréu (Brasil, 2022, Flavia Neves) , Fim de Semana no Paraíso Selvagem (Brasil, 2022, Severino), Noites Alienígenas (Brasil, 2022, Sergio de Carvalho) e Represa (Brasil, 2022, Diego Hoefel).
Já na categoria de documentários, estão a concorrer Confissões de Um Cinema em Formação (Brasil, 2023, realização Eugênio Puppo), Uma Halibur Hamutuk - A Casa Que Nos Une (Timor-Leste/Portugal, Ricardo Dias), Lupicínio Rodrigues: Confissões de Um Sofredor (Brasil, 2022, Alfredo Manevy), Olá, Malta! (Brasil, 2023, Liliane Mutti) e Kobra Auto Retrato (Brasil, 2022, Lina Chamie).
Na tradicional Mostra Cinema Brasileiro, que decorre desde o primeiro ano do festival, encontramos alguns dos títulos mais apetecíveis do mercado brasileiro, como A Serra do Roncador ao Poente (2022, realização Armando Lacerda), Profissão Livreiro (2022, Pedro Lacerda), Otavio III – O Imperador (2023, Cavi Borges), Delicadeza (2021, Ciça Castello) e Pixinguinha, Um Homem Carinhoso (2022, Denise Saraceni e Allan Fiterman).

Para os mais pequenos, o destaque vai para Chef Jack, o Cozinheiro Aventureiro (Brasil, 2022, realização Guilherme Fiuza Zenha), A Fita Cor-de-rosa (Cabo Verde, 2022, Mon de Anjo) e Caiçara (Brasil, 2022, Oskar Metsavaht). Ao final da sessão, as crianças elegem com votação em papel o filme de que mais gostaram e o vencedor recebe o Prémio Pessoa de Melhor Filme Infantil.
Programação completa aqui.
Quando? De29 de junho a 7 de julho Onde? Cinemas Ideal, São Jorge, Fórum Lisboa e Cine Incrível

Atualidade, Educação, Cultura, Criatividade, Arte, Cinema, Festin, Festival, Lisbooa, Almada
Brenda Chapman: “Têm de existir mais histórias contadas para raparigas, não tem de ser sempre sobre a princesa”
Foi a primeira mulher a realizar um filme de animação num grande estúdio. Pertence-lhe também o lugar de primeira mulher a receber um Óscar de melhor filme de animação, por Brave - Indomável (2012). A americana Brenda Chapman é um nome incontornável quando se fala de mulheres líderes no cinema de animação, um exemplo de luta e resiliência numa indústria tradicionalmente masculina e na qual as portas ainda não se abriram realmente à diversidade de vozes femininas.