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Falar “à bebé” é uma língua universal

Estudo feito na Universidade de Princeton indica que o tom adotado por mães em todo o mundo é semelhante e não depende do tipo de voz ou da língua que falam.

16 de outubro de 2017 às 16:43 Marta Carvalho
O discurso que adotamos quando falamos com adultos muda quase automaticamente assim que nos dirigimos a um bebé: o tom de voz torna-se exagerado e dizemos frases repetitivas compostas por palavras mais pequenas e prolongadas – estamos a falar "à bebé". Recentemente, uma equipa de cientistas da Universidade de Princeton que tem como objetivo perceber como as crianças aprendem a falar começou também a estudar a forma como as mães ajustam a voz quando falam com os seus bebés.
O computador utilizado para diferenciar o discurso quando um adulto fala com outro adulto ou com um bebé diferenciava o falar "à bebé" em apenas um segundo de gravação de voz e o timbre foi o principal indicador. Esta característica do som é aquilo que permite distinguir duas vozes que tenham a mesma altura ou frequência de sons porque condiciona a forma como o som é produzido. É, segundo Elise Piazza, diretora do laboratório em Princeton, "a qualidade única do som".
O grupo observou conversas entre mães e crianças de várias nacionalidades e concluiu que o timbre da voz muda de forma muito específica, independentemente do tipo de voz ou da língua que a pessoa fala. "É tão consistente entre todas as mães", disse Piazza em comunicado. "Elas usam o mesmo tipo de mudança [na voz] para passaram de um modo [de falar] para o outro."
Este é o primeiro estudo que questiona a mudança de timbre nas mães quando interagem com bebés, mas os pais e outras pessoas que cuidam das crianças serão também estudados no futuro. A equipa tenciona estender este estudo a mudanças no timbre de outros tipos de fala, como a política ou o contexto romântico.
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