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Entrevista: Capitão Fausto

Refugiaram-se na natureza para começar a trabalhar no próximo álbum e a câmara de Matilde Travassos foi atrás deles. À Máxima falaram sobre as suas inspirações, projetos e sonhos para o futuro.

Capitão Fausto, por Matilde Travassos
Capitão Fausto, por Matilde Travassos Foto: Matilde Travassos
16 de agosto de 2017 às 20:00 Carlota Morais Pires

Este ano voltaram ao festival Bons Sons e também ao Super Bock Super Rock, desta vez para subirem a palcos maiores – afinal o último disco que editaram, Os Capitão Fausto Têm Os Dias Contados, em 2016, veio acrescentar uma dose de ironia à música portuguesa e trazer mais responsabilidade e novos desafios à banda.

Com mais maturidade e vontade de explorar novas referências musicais, os Capitão Fausto preparam-se para lançar um novo disco no início de 2017, um projeto que começam a agarrar agora. Tomás Wallenstein, vocalista da banda, deixou a Máxima espreitar algumas ideias e influências que vão dar forma ao quarto disco.

 

Começaram a tocar juntos muito cedo e foram crescendo nos últimos anos como banda. Como é que essa evolução se sente agora na vossa música?

Parece-me que temos tido uma evolução progressiva. Aos poucos temos tido a oportunidade de ter cada vez mais tempo para trabalhar, o que também nos dá mais ferramentas para podermos seguir as direcções que escolhemos na música que fazemos. As mudanças devem-se geralmente à música que ouvimos.

O que é que estão a ouvir agora? As vossas referências musicais mudaram muito desde o início dos Capitão Fausto?

Temos ouvido um pouco de tudo, penso que nunca tivemos um género específico de música: há coisas más e coisas boas em todos os géneros. Ultimamente temos andado a explorar canções do brasil que não conhecíamos bem.

Desde o lançamento do último álbum o que sentem que mudou? O que têm vontade de fazer agora?

Felizmente temos sentido um aumento no número de concertos e de propostas de trabalho a cada disco que lançamos, o que deve querer dizer que o nosso público tem vindo a aumentar. Temos vontade de fazer mais música, já estamos a trabalhar num disco novo que vai ser gravado no final deste ano.

O que podem contar sobre o disco em que estão a trabalhar agora?

Neste momento podemos contar que temos ideias que nos estão a entusiasmar e que estas estão (aos poucos) a ganhar forma. Não conseguimos adiantar muito mais ainda porque nós próprios ainda não sabemos muito bem que direcção é que as canções estão a tomar.

Que histórias contam as letras deste próximo álbum?

Parece-me que as letras vão contar as mesmas histórias que têm vindo a contar ultimamente. Costumam ser sobre episódios que temos vivido juntos ao longo destes anos, ou simplesmente reflexões sobre as circunstâncias que geralmente nos rodeiam; a nós ou às pessoas à nossa volta, que têm a nossa idade.                                                                        

Além dos Capitão Fausto, têm outros projetos com outros nomes portugueses. O que têm em mãos agora?

Neste momento há projectos para todas as bandas da Cuca Monga. BISPO há de ter um disco gravado em breve; Modernos têm ideias para um novo disco também; El Salvador e Francisco Ferreira estão a trabalhar em novas canções, assim como os GANSO e o Luís Severo.

O que mais vos tem inspirado ultimamente?

Juntarmo-nos para nos sentarmos a trabalhar é sem dúvida aquilo que nos inspira mais e nos dá mais ideias.

Que outras bandas portuguesas gostam de ouvir?

Gostamos muito do trabalho do Éme: o Domingo à Tarde é um belo disco. 

Quais são os vossos sonhos por concretizar?

Comprar um barco cheio de mantimentos e ir gravar o próximo disco no meio do Atlântico. Se conseguirmos chegar ao lado de lá, melhor ainda.

O que gostavam que mudasse no panorama musical português?

Sinceramente, acho que o panorama já tem vindo a melhorar muito nos últimos anos. É sempre bom desejar que haja cada vez mais condições para os músicos portugueses conseguirem dedicar a totalidade do seu tempo a trabalhar na sua música. Quanto mais nos aproximarmos desta ideia, melhor música estará constantemente a aparecer.

Qual é, na vossa opinião, o maior mal da indústria da música?

Parece-me que a maior dificuldade que se pode encontrar é a irregularidade que existe na nossa profissão. Acho que se seguíssemos o exemplo da Suécia e fosse criado um gabinete de exportação de música portuguesa podia vir a resolver algumas das dificuldades que temos.

 

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