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Adora música e viagens? A melhor maneira de combinar estas duas paixões é viajar para um grande festival. Reunimos dez eventos imperdíveis que se realizam até ao final deste ano um pouco por todo o mundo.
O que levar: Óculos e lenço – para proteger das tempestades de areia
Em 1986, dois amigos construíram uma escultura gigante em madeira com a figura de um homem e pegaram-lhe fogo. Aconteceu em Baker’s Beach, na cidade de São Francisco, mas a partir dos anos 90, o evento passou a realizar-se no deserto de Black Rock e a tradição mantém-se: no último dia, algumas obras são queimadas, como que a concluir um ciclo. Com cerca de 70 mil visitantes por dia, este é o maior festival de contracultura do mundo. Trata-se de uma metrópole temporária onde quase tudo o que acontece (performances, workshops, instalações, voluntariado) é criado pelos seus visitantes, que participam ativamente na experiência, celebrando o espírito de liberdade, comunidade e sustentabilidade. Visualmente, o cenário aproxima-se do filme Mad Max, com veículos mutantes e figurinos apocalípticos. O tema deste ano é Ritual Radical.
O que levar: Sapatos confortáveis – o chão é todo em betão e há poucos espaços de descanso
Já o conhecemos por cá, do irmão portuense organizado pela NOS no Parque da Cidade. No país vizinho, o local escolhido é o recinto à beira-mar do Parc del Fòrum, que recebe todos os anos cerca de 200 mil pessoas de 124 países. Realizado desde 2001, destaca-se pelo seu forte compromisso com a música, revelando as últimas tendências da pop e do rock, embora também se desenrolem em paralelo outros eventos e atividades (o Primavera Pro, que promove palestras entre profissionais da indústria, é um deles). Dá-se assim o pontapé de saída para a temporada de festivais europeus, e em grande, a avaliar pelo cartaz.
Cartaz: Arcade Fire, The xx, Slayer, Frank Ocean, Van Morrison, Bon Iver
Para quem: Humanitários, famílias (crianças com menos de dez anos não pagam)
O que levar: Um fato de banho – os lagos em redor são convidativos
Criado em 1971 por dois estudantes e um promotor de eventos, é hoje um dos maiores festivais de música e cultura da Europa (a par de Sziget e Glastonbury), atraindo cerca de 80 mil pessoas por ano. Realiza-se na cidade dinamarquesa com o mesmo nome e assume-se como um evento sem fins lucrativos organizado inteiramente por voluntários. Uma das tradições do festival é ter como apresentação de abertura uma nova banda dinamarquesa no palco principal, mas a maior atração são as habituais estrelas do rock, pop e música eletrónica.
Cartaz: Foo Fighters, Arcade Fire, The xx, Justice, The Weeknd, Future Islands, Lorde, Icona Pop
O que levar: Carregadores de bateria solares – não há fichas no meio do acampamento
Apropriadamente estabelecida na cidade de Boom desde 2005, a maior festa eletrónica do mundo tem também duas edições irmãs: no Brasil e nos EUA. Mas é o evento principal que mais fascina os amantes deste tipo de música, atraídos pela participação dos melhores artistas do género – os bilhetes costumam esgotar em menos de uma hora. Outra das grandes características do festival é a atmosfera mágica, com personagens nos palcos, pirotecnia, decoração surrealista e simbolismos New Age. Os nomes dos temas são bem reveladores desse clima de mistério: Livro da Sabedoria, Chave da Felicidade e Elixir da Vida são apenas alguns. Em 2012, foi considerado o Melhor Evento Musical do Ano.
Cartaz: Tiësto, Carl Cox, Axwell, Steve Aoki, Eric Prydz, Martin Solveig e Marshmello
O que levar: Botas à prova de lama – o evento realiza-se numa quinta
Foi em 1970, um dia depois da morte de Jimi Hendrix, que nasceu um dos maiores eventos de música a céu aberto, em Worthy Farm, no sudoeste de Inglaterra. O valor da entrada era pouco mais de um euro e incluía a oferta de leite produzido na propriedade. Como muitos festivais criados no mesmo período, teve como principal influência a ideologia hippie, que ainda hoje se materializa em áreas como a Green Fields. Mas há muito mais para ver e fazer: por aqui já passaram artistas pop, rock e até rappers, bem como espetáculos de dança, humor, teatro, circo e outras formas de arte – são cerca de mil apresentações em mais de cem palcos. Tudo indica que a organização faça uma pausa em 2018, por isso aproveite o cartaz deste ano.
Cartaz Radiohead, The xx, Foo Fighters, Ed Sheeran, The National, Katy Perry, Lorde, Major Lazer, Thundercat, Goldfrapp, Justice
O que levar: Caneta e um bloco de notas – há muito para aprender com os oradores
Combina, desde 2004, música, arte e tecnologia, homenageando Robert Moog e a influência que as suas invenções tiveram na forma como ouvimos o mundo. Durante o dia, funciona como uma plataforma de conferências e experiências para profissionais da área; à noite apresenta espetáculos de música eletrónica vanguardista em vários locais da cidade de Durham. O Futuro da Criatividade, Design de Instrumentos e Som Espacial são alguns dos temas deste ano.
O que levar: Ténis de corrida – é uma das atividades ao ar livre sugeridas
Imagine-se no cenário paradisíaco da Anatólia Central, com balões a voar no horizonte (principal atração turística da região), enquanto cria o seu próprio programa, selecionando os eventos musicais, gastronómicos, culturais e desportivos em que prefere participar. Assim se faz o Cappadox, festival multidisciplinar assente este ano no tema Ways Out Of The World. A ideia é que as pessoas se voltem a conectar, entre si e com a terra, através de variados estímulos sensoriais.
Cartaz: Dead Combo, Peter Broderick, Lars Danielsson, Rhye, Acid Pauli
O que levar: Phones, para atenuar o som das colunas durante os concertos (é muito alto) e para conseguir dormir à noite no acampamento
É considerado a meca do heavy metal. Desde a sua criação, no início dos anos 90, o festival foi crescendo e hoje recebe cerca de 80 mil visitantes por ano. Realizado na pequena localidade alemã que lhe dá nome, a oferta de alojamento é rara, sendo necessário acampar pelos parques e campos da zona. O cartaz é habitualmente composto por uma mistura entre veteranos e bandas menos conhecidas, divididos em vários subgéneros do metal.
O que levar: Algum dinheiro a mais, pois vale a pena aproveitar para visitar Budapeste de dia
Em húngaro, Sziget significa ilha e é precisamente na de Hajógyári, no meio do rio Danúbio, que o festival se realiza desde 1993. Mais de 400 mil pessoas enchem o espaço todos os anos, para assistir a 200 espetáculos por dia em 50 palcos, onde se ouve da pop ao jazz, do rock à world music e do folk à eletrónica. Paralelamente, também decorre um programa cultural que inclui teatro, exposições, dança, circo e atividades desportivas.
Para quem: Dancers que não gostam de acampar e das multidões associadas a festivais
O que levar: Protetor solar (o mais provável é estar sempre de biquíni)
É novo – nasceu em 2015 – mas já colocou Marrocos no circuito dos festivais de música eletrónica. Os maiores ícones mundiais de house e techno animam uma festa que, este ano, tem lugar no luxuoso hotel The Source, com a cordilheira do Atlas como pano de fundo. Além de se refrescarem na piscina, os visitantes podem ainda fazer uma tatuagem de Henna ou participar numa aula de yoga.
Cartaz: Nicolas Jaar, Solomun, Henriz Schwarz, Anja Schneider, Richie Hawtin
Preço: Passe a partir de €119.
*Originalmente publicado na edição de maio da Máxima (Nº344)