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Assim são "o homem e a mulher ideais", de acordo com a inteligência artificial

Imagens produzidas pela conhecida tecnologia demonstrada por máquinas, mostram os corpos “ideais” com base nos padrões das redes sociais.

Foto: The Bulimia Project/Midjourney
24 de maio de 2023 às 16:38 Vanda Carreto / Com Rita Silva Avelar

Há várias gerações que ouvimos falar no "padrão ideal" dos corpos e, se antes a Publicidade ou o Cinema tinham um papel forte nisso, esse papel foi substituido pelas redes sociaisAliás, elas podem ter um papel nocivo neste tema, com o tinham, também, os anteriores, uma vez que o "padrão ideal" não existe, ou pelo menos não devia existir de algum modo: todos os rostos e corpos são válidos, e devem ser considerados normais, por mais diferentes que sejam.

Nas redes sociais abundam comentários desnecessários e cruéis, em relação aos corpos, que acabam por mexer com a autoestima de quem os recebe. É por isso que este tema levanta tantas questões, sobretudo quando a AI (Inteligência Artificial) nos diz chegou ao protótipo de "aparência perfeita".

The Bulimia Project, uma plataforma americana especializada na prevenção de transtornos alimentares, decidiu estudar os tipos de corpos "ideais" promovidos pelos conteúdos que circulam todos os dias nas redes sociais. Para isto, recorreram a geradores de imagens – o Dall-E 2, o Stable Diffusion e o Midjourney - para descobrir como são então estes corpos e o quão distorcidos são da realidade.

Começaram por pedir que os geradores mostrassem os corpos ideiais, com base nas redes sociais, concluindo alguns dados curiosos. Por exemplo, cerca de 40% retrataram tipos de corpos irrealistas, no caso das mulheres rondou os 37% e no caso dos homens rondou os 43%. Nas imagens femininas notou-se uma tendência para cabelos loiros, olhos castanhos e uma pele morena. 

Foto: The Bulimia Project/Midjourney

Nas imagens masculinas a tendência foi para cabelos e olhos castanhos, pele morena e pelos faciais. 

Foto: The Bulimia Project/Stable Diffusion

Posteriormente pediram aos geradores que mostrassem, com base em todas as imagens que existem na internet, a mulher e o homem perfeitos em 2023. 

Foto: The Bulimia Project/Midjourney
Foto: The Bulimia Project/Midjourney

Com estes dois exemplos, decidiram procurar as diferenças entre um e outro e concluíram que, no primeiro caso, as imagens mostravam um conteúdo mais sexualizado e com partes do corpo desproporcionais. O The Bulimia Project acabou por afirmar que os resultados obtidos chegam-nos através do algoritmo usado nas redes sociais, feito para atrair cada vez mais pessoas. O que levanta questões de ética, segurança de dados mas, sobretudo, de saúde mental. O que pensaram as pessoas que não estão confiantes com o seu corpo, e que lutam contra problemas de saúde mental relacionados com distúrbios alimentares ou disforias? Uma pergunta que talvez a AI não consiga, ainda, responder.

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