Assim são "o homem e a mulher ideais", de acordo com a inteligência artificial
Imagens produzidas pela conhecida tecnologia demonstrada por máquinas, mostram os corpos “ideais” com base nos padrões das redes sociais.

Há várias gerações que ouvimos falar no "padrão ideal" dos corpos e, se antes a Publicidade ou o Cinema tinham um papel forte nisso, esse papel foi substituido pelas redes sociais. Aliás, elas podem ter um papel nocivo neste tema, com o tinham, também, os anteriores, uma vez que o "padrão ideal" não existe, ou pelo menos não devia existir de algum modo: todos os rostos e corpos são válidos, e devem ser considerados normais, por mais diferentes que sejam.
Nas redes sociais abundam comentários desnecessários e cruéis, em relação aos corpos, que acabam por mexer com a autoestima de quem os recebe. É por isso que este tema levanta tantas questões, sobretudo quando a AI (Inteligência Artificial) nos diz chegou ao protótipo de "aparência perfeita".
Começaram por pedir que os geradores mostrassem os corpos ideiais, com base nas redes sociais, concluindo alguns dados curiosos. Por exemplo, cerca de 40% retrataram tipos de corpos irrealistas, no caso das mulheres rondou os 37% e no caso dos homens rondou os 43%. Nas imagens femininas notou-se uma tendência para cabelos loiros, olhos castanhos e uma pele morena.


Nas imagens masculinas a tendência foi para cabelos e olhos castanhos, pele morena e pelos faciais.

Posteriormente pediram aos geradores que mostrassem, com base em todas as imagens que existem na internet, a mulher e o homem perfeitos em 2023.



Com estes dois exemplos, decidiram procurar as diferenças entre um e outro e concluíram que, no primeiro caso, as imagens mostravam um conteúdo mais sexualizado e com partes do corpo desproporcionais. O The Bulimia Project acabou por afirmar que os resultados obtidos chegam-nos através do algoritmo usado nas redes sociais, feito para atrair cada vez mais pessoas. O que levanta questões de ética, segurança de dados mas, sobretudo, de saúde mental. O que pensaram as pessoas que não estão confiantes com o seu corpo, e que lutam contra problemas de saúde mental relacionados com distúrbios alimentares ou disforias? Uma pergunta que talvez a AI não consiga, ainda, responder.

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