O nosso website armazena cookies no seu equipamento que são utilizados para assegurar funcionalidades que lhe permitem uma melhor experiência de navegação e utilização. Ao prosseguir com a navegação está a consentir a sua utilização. Para saber mais sobre cookies ou para os desativar consulte a Politica de Cookies Medialivre
Atual

As líderes mulheres que estão a “salvar” os países do novo coronavírus

De Angela Merkel na Alemanha, a Sanna Marin na Finlândia passando por Tsai Ing-wen em Taiwan, estas mulheres têm algo em comum: travaram o novo coronavírus a tempo, tomando importantes medidas de prevenção.

Foto: Instagram @sannamarin
27 de abril de 2020 às 17:36 Rita Silva Avelar

Até agora, a Nova Zelândia contabiliza 19 mortes em 1469 casos de infectados com a Covid-19. Jacinda Ardern, primeira-ministra, colocou o país no nível máximo de alerta quando havia apenas seis casos - e explicou porquê. Impôs o autoisolamento a pessoas que entravam na Nova Zelândia e proibiu totalmente a entrada de estrangeiros pouco tempo depois. E todos os neozelandeses que regressam ficam em quarentena em locais designados. Este é apenas um exemplo de uma mulher na liderança a tomar decisões ágeis e inteligentes, mas há outros, como noticia a revista Forbes americana num artigo dedicado ao tema.

É também o caso de Angela Merkel. Apesar de a Alemanha ter 157,770 casos confirmados com Covid-19 ao momento em que escrevemos este artigo, o número de mortes – 5,967 – é comparativamente baixo. A chanceler da Alemanha avisou cedo que o vírus contagiaria cerca de 70% da população. "É sério. Levem isto a sério" antecipou, dirigindo-se aos alemães. E a Alemanha continua a realizar testes (já fez mais de 2 milhões) e a antecipar-se, com planos de abrir a economia a partir desta segunda, 27 de abril, de forma gradual. Apesar de o reputado virologista e aliado do governo alemão nesta área, Christian Drosten, ter revelado que teme uma segunda vaga da Covid-19, em entrevista ao diário The Guardian.

Tsai Ing-wen, a presidente de Taiwan, na China (onde há 429 casos de Covid-19 e apenas 6 mortes) foi das primeiras líderes a alertar que era preciso "paralisar" o mundo, dois meses e meio antes de a pandemia se alastrar pelo mundo. E a OMS não ouvi logo. Em janeiro, Ing-wen decretou 124 medidas de prevenção.

Já na Dinamarca, onde lidera Mette Frederiksen como primeira-ministra, registam-se à data 8,698 casos e apenas 422 mortes desde o aparecimento do primeiro caso – confirmado há precisamente dois meses, no dia 27 de fevereiro. Frederiksen falou ao país cedo, e uma conferência de imprensa teve particular influência nos dinamarqueses. Três dias depois seria a vez de a primeira-ministra norueguesa, Erna Solberg, ter a ideia inovadora de utilizar a televisão para falar diretamente às crianças norueguesas, explicando que seria normal terem medo, respondendo às perguntas dos mais novos numa conferência de imprensa sem adultos. A Noruega contabiliza hoje 202 mortes em 7,527 casos de infetados.

A Islândia, sob a liderança da primeira-ministra Katrín Jakobsdóttir, está a oferecer testes gratuitos de coronavírus a todos os seus cidadãos. Proporcionalmente à sua população, o país já rastreou cinco vezes mais pessoas do que a Coreia do Sul e instituiu um sistema de rastreio exaustivo que significou que não teve de encerrar ou fechar escolas. À data deste artigo, a Islândia contabiliza 1792 casos e 10 mortos pela pandemia.

Um outro exemplo de liderança positivo é o de Sanna Marin, que se tornou a Chefe de Estado mais jovem do mundo quando foi eleita em dezembro do ano passado, na Finlândia, com apenas 34 anos. Esta jovem finlandesa pôs e imprensa e as redes sociais a alertar para os riscos da pandemia, sendo que hoje o país conta com 4,576 casos de infetados e 190 mortes e está entre os poucos que não precisou de importar material sanitário.

Em Portugal, também a Ministra da Saúde Marta Temido tem dado recomendações de segurança imprescindíveis para conter a pandemia, mostrando serenidade e resiliência, tal como Ana Rita Cavaco, a bastonária dos Enfermeiros. Portugal tem 23,864 casos confirmados e 903 mortes até à data.

Tsai Ing-wen, a presidente de Taiwan, na China (onde há 429 casos de Covid-19 e apenas 6 mortes) foi das primeiras líderes a alertar que era preciso “paralisar” o mundo, dois meses e meio antes de a pandemia se alastrar pelo mundo.
Foto: @tsai_ingwen
1 de 8 / Tsai Ing-wen, a presidente de Taiwan, na China (onde há 429 casos de Covid-19 e apenas 6 mortes) foi das primeiras líderes a alertar que era preciso “paralisar” o mundo, dois meses e meio antes de a pandemia se alastrar pelo mundo.
A Islândia, sob a liderança da primeira-ministra Katrín Jakobsdóttir, está a oferecer testes gratuitos de coronavírus a todos os seus cidadãos.
Foto: @katrinjakobsd
2 de 8 / A Islândia, sob a liderança da primeira-ministra Katrín Jakobsdóttir, está a oferecer testes gratuitos de coronavírus a todos os seus cidadãos.
A primeira-ministra norueguesa Erna Solberg teve a ideia inovadora de utilizar a televisão para falar diretamente às crianças norueguesas, explicando que seria normal terem medo, respondendo às perguntas dos mais novos numa conferência de imprensa sem adultos.
Foto: Instagram @erna_solberg
3 de 8 / A primeira-ministra norueguesa Erna Solberg teve a ideia inovadora de utilizar a televisão para falar diretamente às crianças norueguesas, explicando que seria normal terem medo, respondendo às perguntas dos mais novos numa conferência de imprensa sem adultos.
Mette Frederiksen falou ao país cedo, e uma conferência de imprensa teve particular influência nos dinamarqueses.
Foto: @mette
4 de 8 / Mette Frederiksen falou ao país cedo, e uma conferência de imprensa teve particular influência nos dinamarqueses.
Jacinda Ardern, primeira-ministra do país, na Nova Zelândia, colocou o país no nível máximo de alerta quando havia apenas seis casos - e explicou porquê.
Foto: Instagram @jacindaardern
5 de 8 / Jacinda Ardern, primeira-ministra do país, na Nova Zelândia, colocou o país no nível máximo de alerta quando havia apenas seis casos - e explicou porquê.
A chanceler da Alemanha Angela Merkel avisou cedo que o vírus contagiaria cerca de 70% da população. “É sério. Levem isto a sério” antecipou, dirigindo-se aos alemães.
Foto: @bundeskanzlerin
6 de 8 / A chanceler da Alemanha Angela Merkel avisou cedo que o vírus contagiaria cerca de 70% da população. “É sério. Levem isto a sério” antecipou, dirigindo-se aos alemães.
Sanna Marin pôs e imprensa e as redes sociais a alertar para os riscos da pandemia, sendo que hoje o país conta com 4,576 casos de infetados e 190 mortes e está entre os poucos que não precisou de importar material sanitário.
Foto: Instagram @sannamarin
7 de 8 / Sanna Marin pôs e imprensa e as redes sociais a alertar para os riscos da pandemia, sendo que hoje o país conta com 4,576 casos de infetados e 190 mortes e está entre os poucos que não precisou de importar material sanitário.
Em Portugal, Marta Temido, no papel de Ministra da Saúde, tem passado uma imagem de serenidade e resiliência.
Foto: @ Governo
8 de 8 / Em Portugal, Marta Temido, no papel de Ministra da Saúde, tem passado uma imagem de serenidade e resiliência.
Leia também
As Mais Lidas