Alexandra Lucas Coelho: Trinta anos de jornalismo, dez livros e quatro romances
A vida profissional de Alexandra Lucas Coelho não se conta em números nem se mede em prémios, ainda que ambos contribuam para documentar a experiência e o talento. Trocámos algumas ideias com a autora, a partir de Maputo, sobre A Nossa Alegria Chegou (Companhia das Letras), o seu mais recente livro.

Como nasceu a ideia deste romance?
Nasceu do romance anterior, Deus-dará. Depois de o publicar, no fim de 2016, viajei até ao ponto da Terra para onde parte uma das personagens de Deus-dará no final. Ou seja, fiz a viagem que essa personagem faria, se o livro continuasse. E aí nasceu a paisagem principal deste novo romance. Uma longa praia, que vai dar à foz de um rio. Uma praia que foi avançando na imaginação, com um vulcão numa ponta e a foz na outra, catos de flores azuis, selva em volta. Uma praia inexistente em qualquer lugar onde eu tenha estado, mas que partiu dessa viagem. Aí nasceu também a primeira cena de A Nossa Alegria Chegou: três pessoas de diferentes cores de pele a acordarem nuas numa cama de rede. Há vários triângulos no romance. Esse é o primeiro, o mais jovem, o principal.

Que lugar (mágico) é Alendabar?
Um universo imaginário, com a sua própria fauna, a sua própria flora, a sua própria língua (quase) perdida. Fica algures no planeta Terra, mas não sabemos onde, nem em que ano acontece a história.
Que livros tem, actualmente, entre mãos?

O próximo romance. Não comecei a escrever ainda, estou a preparar algumas estadias e pesquisa. O que tenho na cabeça são romances. Quanto a leituras, vou começar a ler A Paixão Segundo João de Deus, de António Cabrita, senhor de prosa magnífica.
Um autor contemporâneo a não perder de vista?

O francês Jean-Marie Le Clézio, que foi Nobel da Literatura aqui há uns anos. Destaco em especial: Deserto, O Caçador de Tesouros, Raga, Índio Branco, Estrela Errante.

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