A exposição Louis Vuitton Time Capsule chega a Madrid
Há mais de cinquenta objetos emblemáticos em mostra que contam a história da marca, a par da mestria dos seus artesãos. Após uma digressão pela Ásia e pelo Médio Oriente, fica na capital espanhola.
A história de um artesão com uma pequena oficina na Rue Neuve-des-Capucines, em plena Paris de 1854, que fabricava carteiras e bolsas e que era o embalador favorito da Imperatriz Eugénia (a espanhola Eugénia de Montijo) é um fascinante argumento para um filme onde o vanguardismo na Moda é a premissa derradeira. Foi nesse ano que Louis Vuitton (Anchay, 1821 - Paris, 1892) começou a escrever uma história que é o mote para uma exposição sobre a Maison francesa que fundou com o seu nome e que atravessa dois séculos. Com uma evolução estética que andou lado a lado com o progresso tecnológico, a Louis Vuitton encapsula a história de 164 anos da marca, na exposição Louis Vuitton Time Capsule, onde figuram objetos autênticos (dos históricos aos contemporâneos) que espelham cada uma das quatro facetas da marca. São elas a mestria dos artesãos (um dos segredos fundamentais do sucesso da marca). Os códigos emblemáticos que nos fazem reconhecê-la. As viagens pelo mundo que sempre a (e nos) inspiraram. E a elegância em movimento dos seus ícones, que é infungível. Depois de ter passado por sítios como Hong Kong, Dubai ou Xangai, é a vez de Madrid receber a exposição Louis Vuitton Time Capsule, no Museu Nacional Thyssen-Bornemisza, patente de 17 de abril a 15 de maio próximos. Estarão mais de cinquenta peças expostas, desde a icónica Keepall, criada em 1930, a mala de viagem mais emblemática da Louis Vuitton, à carteira Speedy Bag estampada com a figura de Leonardo da Vinci, da colaboração Louis Vuitton x Jeff Koons, à The Masters Collection, lançada em 2017.
Os artesãos

Depois de uma viagem a pé que lhe levou dois anos a realizar ? desde Anchay, uma pequena vila entre as montanhas da região Este de França, até Paris ?, Louis Vuitton tinha 16 anos quando chegou à Cidade das Luzes e começou a verdadeira viagem como aprendiz de artesão e de embalador. Não foram precisos muitos anos para se tornar um dos melhores – e um dos mais requintados e requisitados ? no savoir-faire do embalamento dos mais delicados materiais, de frascos de perfume a joalharias, com o uso da mestria das próprias mãos. Não deixa de ser inspirador que essa mestria tenha sido um dos pilares (e um dos maiores encantos) da fábrica de carteiras, de malas e de bolsas que ergueria em seu nome, anos mais tarde. Foi no seu primeiro atelier, em Asnières-sur-Seine, nos subúrbios de Paris, que os artesãos aprenderam, em workshops e ano após ano, a manufaturar com minúcia as primeiras criações emblemáticas da marca, feitas com uma seleção de materiais provindos das melhores fábricas de curtumes da época. Tal como os materiais, também as técnicas de produção haveriam de ser vanguardistas, assim permanecendo, até hoje. Para a primavera/verão de 2005, por exemplo, e com a finalidade de criar a edição limitada The Monogram Cerises, a Louis Vuitton desenvolveu uma técnica de serigrafia e um processo de cerâmica específico para chegar à exata graduação de cor pretendida para as cerejas que embelezavam as peças. Com vários momentos dedicados aos artesãos, que são as "vértebras" que fazem o "coração" da marca pulsar por mais de 160 anos, na exposição Louis Vuitton Time Capsule figuram emblemáticas peças que, em última instância, nos fazem sonhar com a história de um francês visionário e invulgarmente talentoso que tinha o sonho de ser artesão.
A exposição
Está patente no Museu Nacional Thyssen-Bornemisza (Paseo del Prado, 8, Madrid), até 15 de maio (segunda-feira, das 12h às 16h; terça-feira a sexta-feira e domingo, das 10h às 19h; e sábado, das 10h às 21h). A entrada é gratuita e pode consultar mais informações em www.louisvuitton.com.


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