Uma série para ver esta semana: "Contra a Lei", relato de uma mãe que enfrentou o sistema
A história real da britânica Ann Ming é reinventada em quatro episódios que cruzam dor, luto e vontade de fazer justiça. Disponível na Filmin.
Uma série para ver esta semana: "Contra a Lei"
06 de outubro de 2025 às 17:32 Tiago Neto / Sábado
No sistema judicial britânico existia uma normalidade feita de silêncio que Ann Ming recusou aceitar. O peso de uma lei antiga que, uma e outra vez, protegia quem deveria ser julgado. Contra a Lei, série disponível na Filmin, não é só a narrativa de um crime, é o relato de uma mãe que, movida por amor e determinação, enfrenta um sistema para que a verdade seja admitida, mesmo quando a justiça parece impossível.
Baseada no livro For the Love of Julie de Ann Ming, a série britânica de true crime estreou em 2025, com quatro episódios escritos por Jamie Crichton e produzidos pela Hera Pictures para a ITV. A atriz Sheridan Smith encarna Ann Ming, uma mulher comum que se lança numa luta extraordinária para revogar a lei do double jeopardy, um legado jurídico de 800 anos que impedia um réu de ser julgado duas vezes pelo mesmo crime, mesmo diante de provas claras.
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1 de 3 /Série retrata a luta de Ann Ming por justiça após o assassinato da filha, Julie Hogg
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2 de 3 /Ann Ming enfrenta o sistema judicial após o assassinato da filha, Julie Hogg
3 de 3 /Série "Contra a Lei" na Filmin retrata luta de Ann Ming por justiça após o assassinato da filha, Julie Hogg, em 1989
Tudo remonta a 1989 quando Julie Hogg, de 22 anos, a filha de Ann Ming, é assassinada. Após dois julgamentos inconclusivos, o autor do crime, Billy Dunlop, escapa da condenação por culpa desta antiga salvaguarda legal. Ming (Smith) transforma o seu luto em mobilização; acusações de falhas policiais, debates públicos com figuras do sistema jurídico, confrontos com autoridades legislativas, tudo promove para que a lei seja alterada e finalmente se faça justiça.
O drama desenrola-se no tempo, mostra as fissuras da vida quotidiana perante o peso da tragédia, os momentos íntimos, os silêncios, as conversas interrompidas pelo medo e pela dúvida. Regista também o desgaste emocional e o impacto do crime e da luta legal em Ann e na relação que esta tem com o marido, Charlie Ming, que vive uma jornada de dor distinta, menos visível mas igualmente profunda.
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