Algures em 1881, Eça escrevia uma carta dirigida ao amigo Ramalho Ortigão, onde anunciava que tinha praticamente terminado de escrever mais um romance, "Os Maias – Episódios da Vida Romântica".
Foi com base num trecho desta carta que se chegou ao nome da exposição que celebra os 130 daquele que é considerado um "monumento nacional" literário. "Tudo o que Tenho no Saco, Eça e os Maias" é uma iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian com a Fundação Eça de Queiroz, patente até 18 de fevereiro de 2019 e com entrada gratuita.
Na exposição pode contar com um conjunto de fotografias, pinturas, esculturas, música, adaptações cinematográficas, textos e ainda peças do espólio pessoal de Eça de Queirós nunca antes vistas em Lisboa. A mostra está organizada e dividida em sete salas temáticas. Existe ainda uma programação paralela que inclui ciclos de cinema, conversas, mesas redondas e ainda jantares queirosianos.
A obra, que retrata de forma característica a sociedade portuguesa da época não foi assim tão fácil de publicar, apenas chegando às livrarias sete anos depois de Eça a terminar, em 1888.