Os efeitos do tabaco ficam nos pulmões para sempre

Para assinalar o Dia Mundial Sem Tabaco, que se celebra a 31 de maio, destacamos os malefícios do fumo.

31 de maio de 2018 às 12:00 Aline Fernandez

Sabia que 85% dos casos de cancro do pulmão e 90% dos casos de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, como bronquite e enfisema, devem-se ao tabagismo? A 31 de maio, assinala-se o Dia Mundial Sem Tabaco e estes números são apenas mais uma constatação que todos os esforços para deixar de fumar – ativa ou passivamente – dão um importante passo para promover a saúde, a qualidade de vida e a prolongar a esperança de vida.

"Os efeitos do tabaco ficam nos pulmões para sempre. Não é à toa que uma grande parte só comece a ter sintomas de problemas de saúde vários anos depois de deixar de fumar. Para muitos desses, reaprender a respirar e recuperar a sua capacidade física, através da reabilitação respiratória, é essencial", destaca António Carvalheira, médico pneumologista coordenador do Programa de Reabilitação Respiratória do AIR Care Centre, único centro em Portugal exclusivamente dedicado à reabilitação de doentes respiratórios.

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O tabaco ainda é um dos principais responsáveis no aparecimento da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica e, infelizmente, menos de 2% destes doentes têm acesso ao tratamento da reabilitação respiratória. Entre os principais benefícios da recapacitação estão a redução dos sintomas de falta de ar e fadiga e a melhoria da capacidade física. Em geral, melhora-se a qualidade de vida relacionada com a saúde. Somados a isto, reduzem-se os custos associados aos internamentos por doenças respiratórias, que são a terceira mais importante causa de custos diretos relacionados com os internamentos hospitalares, a perder apenas para as doenças cardiovasculares e as do sistema nervoso.

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