O que dizem os desenhos do seu filho?

É consensual que os desenhos expressam a visão que a criança tem de si própria e do mundo. São uma ferramenta reconhecida por psicólogos, educadores e arte-terapeutas, mas é preciso algum cuidado com os diagnósticos apressados. Em caso de dúvida, pergunte-lhe: só o seu filho tem a chave do enigma.

16 de dezembro de 2016 às 07:00 Máxima

Jacqueline Goodnow, uma das maiores especialistas em desenho infantil, garante que não espanta que nos apaixonem. Afinal, diz, "a maior parte deles possui encanto, novidade, simplicidade e uma apresentação fresca que é fonte de prazer puro", ou seja, valem por si mesmos. Mas para a investigadora os desenhos podem também ser vistos como uma expressão da nossa procura de ordem no mundo, como exemplo de comunicação, como pistas para entender a sociedade em que vivemos e, acima de tudo, como expressão da alma. "O consenso final é de que os desenhos são, sem dúvida, mais naturais que imitativos – eles emergem de dentro", explica Goodnow, enquanto Alain de Botton conclui que é exatamente por revelarem tanto sobre a vida interna das crianças que vemos neles "bocadinhos da nossa personalidade em exílio". Deixam-nos entrever bocadinhos da criatividade, espontaneidade, inocência e sensibilidade de que fomos abdicando para nos encaixarmos melhor num mundo de precisão, trabalho, concentração e valorização de um caminho sem atalhos. Lembram-nos de quem fomos.

A magia dos lápis

PUB

Uma família de Ursos

Mostra-me o que desenhas e dir-te-ei quem és

Se não gosta, não pendure!

*Por Ana e Isabel Stilwell, originalmente publicado na edição da Revista Máxima nº338

PUB
PUB
PUB