Ficou conhecida como comentadora no programa Tesouras e Tesouros, da SIC, mas há muito que Mariama Barbosa, 47 anos, era uma figura reconhecida na comunicação de Moda em Portugal. Morreu esta sexta, 29, vítima de um cancro do estômago, depois de vários meses de luta contra a doença, cujo diagnóstico partilhou em fevereiro deste ano.
Foram várias as personalidades portuguesas que recorretram às redes sociais para prestar as suas condolências. "
Vou recordar-te sempre assim, a sorrir, como na primeira vez que te vi, e na última, há semanas", escreveu João Moleira. "Só o Amor interessa e mais não digo", escreveram Iva Domingues e Cláudio Ramos no Instagram, uma referência à frase que Mariama costumava dizer.
Já a atriz Marta Faial optou por uma homenagem mais longa: "Não consigo conceber, que esta doença te roubou daqueles que te amam, que te gostam, que te conheceram toda a vida. Não imagino a sua dor", lê-se. "Conhecíamo-nos desde que eu era pequenina, seguiste o meu percurso, foste sempre amável, protetora , querida, uma luz! Luz essa que nunca mais vou ver e ouvir quando sair porta fora para o pátio. Nunca me vou esquecer que foste a primeira a dizer que assim que fui morar para ali, iria ser mãe e de mais que um bebé! Acertaste em cheio! Abençoaste a nossa chegada! E eu estou grata pela tua passagem na minha vida! Na nossa vida! A tua luz agora segue por outros caminhos onde vai continuar iluminar tudo por onde passe. Descansa em paz."
Uma publicação partilhada por SIC (@sicoficial)
Rita Ferro Rodrigues e Isabel Figueira também prestaram homenagem escrevendo, respetivamente: "Queen. Boa viagem furação de alegria" e "Minha querida Mariama. Obrigada pelo teu sorriso e carinho. Que dia triste..."
Nasceu na Guiné-Bissau em 1974, mas cresceu em Portugal, ingressando num colégio interno em Lisboa com apenas cinco anos. Contudo, decidiu voltar para o país que considerava a sua casa, onde testemunhou uma terrível guerra civíl, da qual teve de fugir, regressando a Portugal. Desde pequena que revelou um grande interesse por Moda, por influência da mãe. Tornou-se uma das figuras mais prestigiadas na comunicação da área, mas antes disso ainda foi porteira na distoteca Lux e assistente do designer Dino Alves. Destacou-se pelo seu trabalho nos bastidores da Moda nacional, na agência de comunicação Showpress e na ModaLisboa.
Na televisão, conduziu o programa da SIC Tesouras e Tesouros e fez parte da equipa do Passadeira Vermelha, com Claúdio Ramos e Liliana Campos, também da SIC. Foi jurada do concurso de talentos Cosido à Mão da RTP1 e passou pela rádio Oxigénio com uma rúbrica de Moda. Mulher dos sete oficios, publicou um livro em 2017, com o nome Só é Feio Quem Quer.