"Flexibilidade laboral e equilíbrio entre vida pessoal e trabalho estão entre as questões mais valorizadas pela geração Z e Millennials" lêmos, logo ao princípio, no 12º estudo levado a cabo pela empresa Deloitte sobre o contexto laboral destas duas gerações, e que analisa os últimos três anos.
Ao todo foram questionados 22 mil Gen Zs (nascidos entre 1997 e 2013) e Millennials (nascidos entre 1980 e 1996) em 44 países, incluindo Portugal, sobre temas como a mudança da relação que têm com o trabalho, a tomada de decisão de estilo de vida e a carreira com base nos seus valores, e destacando as preocupações contínuas sobre equilíbrio entre a vida profissional e pessoal, finanças, saúde mental e mudanças climáticas.As principais conclusões:
- No contexto da escolha laboral: 49% dos inquiridos dizem que o trabalho é fundamental para a sua identidade, todos têm um forte foco no equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal e escolhem a empresa onde trabalham com base nessa possibilidade, e valorizam a oportunidade de ter uma vertente remota;- Quanto à saúde mental: Quase metade dos inquiridos da geração Z e quatro em cada 10 millennials dizem que se sentem stressados o tempo todo e a maioria acha que as políticas de apoio à saúde mental são determinantes na escolha da empresa, embora muitos admitam que é um tema desconfortável;
- Nas finanças: O elevado custo de vida é a principal preocupação social, à frente do desemprego e das mudanças climáticas, com muitos a admitir que têm mais do que um trabalho para sobreviver e vivem mês a mês. Admitem ainda ser difícil começar uma família e ter uma casa;
- Em relação ao ambiente: Seis em cada 10 Gen Zs e Millennials dizem que se sentem ansiosos com a situação atual do planeta. Cerca de um em seis já mudou de emprego ou indústria devido a preocupações climáticas, com outro quarto a planear fazê-lo no futuro.Três dados que sobressaem em Portugal:
- Quase metade dos jovens portugueses têm um trabalho híbrido ou remoto, e muitos afirmam que talvez procurassem um novo trabalho caso o seu empregador tornasse o trabalho presencial obrigatório;
- Quase metade dos jovens portugueses são a favor da semana de trabalho de quatro dias;
- 44% da geração Z e 31% dos millennials têm um segundo trabalho.