Ana Stilwell apresenta o seu álbum de estreia. Conheça aqui, em exclusivo, todo o mundo por detrás da criação deste novo trabalho.
Ao som de Ana Stilwell...
07 de agosto de 2014 às 07:00 Máxima
Ana Stilwell é filha da jornalista e escritora Isabel Stilwell e acaba de lançar o seu mais recente single Feeling Ok.
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Este tema faz parte do seu álbum de estreia Take My Coat. Foi a propósito dele que falámos com a cantora e compositora que acabou por nos revelar como toda esta aventura no mundo da música começou e como hoje as filhas gémeas, Madalena e Carmo, participam desta sua paixão.
- Do que nos fala este novo single ‘Feeling Okay’?
Esta música fala daquele momento em que nos levantamos de manhã, depois de uma altura menos boa, e pensamos "umm olha.. estou a sentir-me bem, vou ficar bem". É aquela sensação de sol a seguir à chuva e um bocadinho de "estou pronta para enfrentar" o mundo... uma versão menos diva do "I will survive" da Gloria.
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- E o videoclip… Como correu toda a preparação, como surgiram as ideias de onde filmar…?
O vídeo foi feito pelo Rui Ribeiro que também produziu o meu disco e que percebe muito a minha música. Enquanto conversávamos, chegámos à ideia de que no fundo o que eu quero fazer com a minha música é isto: ajudar as pessoas a sentirem-se melhor (mesmo que isso implique chorar um bocadinho antes), ajudá-las a sentir. O Guincho foi a praia escolhida porque adoro e é perto. O resto foi tudo em casa do meu pai em Sintra, o que me fazia muito sentido.
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- Para além desta música mais recente, existem ao todo 11 novos temas que deram lugar ao álbum Take My Coat. Como é que define este primeiro álbum?
É um álbum muito sentido, muito "meu", porque as canções foram feitas sempre para alguém e sem nunca ter sequer sonhado que podiam um dia estar num disco.. Acho que é um álbum de histórias e de emoções.
- As músicas são todas escritas pela Ana. Em que é que se inspira geralmente?
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Normalmente a urgência de escrever uma música vem quando quero dizer alguma coisa a alguém. Ou quando sinto que percebi exatamente o que uma pessoa está a sentir e quero dar-lhe essas palavras. Eu já percebi que passo a vida a arranjar letras de músicas (que já existem) para todas as situações, mesmo sem dar por isso... Acho que nunca canto uma letra por acaso. Há sempre uma mensagem de mim para mim própria!
- Qual ou quais os melhores lugares para compor? Porquê?
O melhor sítio para escrever letras é no carro... As viagens dão tempo para materializar as coisas. Depois com a harmonia e com a melodia prefiro em casa. Só porque estou completamente à vontade. Nem é o melhor sitio, porque tenho as gémeas a entrar e a sair, mas funciona!
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- E porquê em inglês? Poderemos dizer que as raízes pesaram um bocadinho?
Eu estudei sempre numa escola inglesa e sinto que sempre que estou a falar/escrever sobre coisas emocionais, sai-me em inglês... E sim os meus avós são ingleses de um lado mas por acaso o lado musical vem mais do lado português. Por isso acho que é mais o facto de ter estudado em inglês, pelas minhas primeiras paixões, namorados etc...terem sido em inglês.
Também o estilo folk/country é todo em inglês o que ajuda...
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- Aos 15 anos recebeu a primeira guitarra e aprendeu a tocar sozinha…! Foi assim tão natural?
Não foi natural do estilo "acordei e soube tocar". Só foi natural porque tinha umas amigas a fazer o mesmo, porque achava super romântico ficar a tocar pela noite dentro e porque passavamos os recreios todos a treinar... Penso que a maior motivação para tocar guitarra sempre foi o poder cantar aquilo que eu queria!
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- Quais as suas maiores influências a nível musical?
Eu comecei a cantar com o meu pai ao piano...bossa nova, standards de jazz (Porter, Kern, Gerswhin), e acho que isso influenciou-me. A minha mãe adorava Rod Steward, Pedro Abrunhosa, Simon and Garfunkle que eu ainda hoje em dia adoro mais do que tudo! A sonoridade folk/country....é um mistério!
- Esteve também a estudar canto e música em Londres… Como é que foi essa experiência?
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Foi fantástica! Foi a primeira vez que comecei a confiar na minha voz e na hipótese de fazer da música algo mais. Eu estava muito infeliz no curso de jornalismo e foi um escape... E depois viver longe de casa, mais autónoma, faz sempre bem!
- Nunca houve vontade de ficar por lá?
Pensei imenso nisso, até porque o meu professor queria que ficasse. Adorava ter estudado lá teatro musical. mas tinha o meu namorado, agora marido... e sempre dei mais prioridade a isso e à família. Não me arrependo! Fiz o meu caminho.
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- Agora tem duas filhas, gémeas, canta muitas vezes para elas? E alguma delas já puxa o pezinho para a música?
Canto imensas vezes! Letras inventadas, músicas de todos os estilos... passo a vida a cantar. Elas adoram cantar e são mesmo, mesmo muito afinadinhas! É fantástico ouvir!
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- De que formas mais gosta de se divertir com elas?
Cantar é sem dúvida uma delas, acho que não é tanto a actividade mas a minha disposição... e a delas! Se estivermos bem dispostas as três, podemos até estar no supermercado que é uma aventura! Se estivermos mal dispostas, podemos estar na Disney que é indiferente!
- Estamos em época de férias… Tem o hábito de as passar sempre em família? Quais os lugares privilegiados?
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Sim, por acaso nas férias é mesmo quase sempre família. Temos uma casa de família na Serra da Estrela e costumamos ir uns dias para lá. Também costumamos ir a Sagres - que é um dos meus sítios preferidos no mundo! Mas também temos tanta sorte em vivermos em Sintra e mesmo ao pé de tantas praias com serra que não é preciso ir muito longe para nos sentirmos de férias!
- Quais os próximos passos que podemos esperar desta carreira musical?
Agora estamos concentrados em tentar fazer o máximo de promoção possível para dar às pessoas a conhecer as minhas músicas. O meu grande objetivo é sempre cantar e compor mais e conseguir através da minha música tocar nas pessoas que a ouvem. Acho que mais do que uma carreira é uma missão de vida - é o que me faz feliz - e por isso os próximos passos passam sempre por cantar com muita alma e coração em cada espetáculo por mais pequenino ou grande que seja. E compor genuinamente, quer seja uma música pequenina para o Facebook, quer seja para um próximo disco!