Negligência e maus tratos psicológicos são os problemas mais comuns nas cerca de 65 mil crianças e jovens em risco sinalizadas nos últimos dez anos. Os dados foram compilados pela Rede de Núcleos de Apoio a Crianças e Jovens em Risco, que existem nos centros de saúde e nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde.
Em 2016, de acordo com os números revelados pelo Público, atingiu-se o número mais elevado de sinalizações: 9034. Em 2017, houve uma redução (8670 casos), valor semelhante ao de 2015. Segundo o último relatório da Comissão de Acompanhamento da Ação de Saúde para Crianças e Jovens em Risco, da Direção-Geral da Saúde, que apresenta dados de 2016-2017, as negligências corresponderam a 67% e 62% das sinalizações, respetivamente.
Os 269 núcleos espalhados pelo país também identificaram casos de maus tratos físicos e abusos sexuais, mas em menor número.
Esta rede está em contacto com entidades como os estabelecimentos de ensino, as comissões de proteção de menores e os tribunais.