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O legado de Coco Chanel: as peças que usaremos para sempre
No dia do aniversário de Gabrielle Chanel, que nasceu a 19 de agosto de 1883, recordamos as peças que mudaram a moda e que ainda hoje usamos, estação após estação.
"Nunca fiz nada pela metade. Ou gosto ou não gosto", terá dito Gabrielle Chanel sobre as suas coleções, como conta o capítulo 21 de Gabrielle, A Story of Passion, a homenagem criativa que a própria casa francesa lhe dedica, todos os aniversários. Menos que esta determinação admirável não se esperava de um dos símbolos incontornáveis da moda e beleza e do próprio je ne sais quoi francês.
Gabrielle Bonheur Chanel deixou uma herança intemporal da qual a moda não se parecesse cansar, a partir do dia em que, em 1910, abriu a sua primeira loja no número 21 da Rue Cambon e começou a fazer magia no seu ateliê. Na verdade, já o fazia antes com aquela que é a sua primeira peça de eleição: o chapéu, que desenhava para as damas da alta sociedade. Seguiram-se designs únicos, naturalmente uma mulher à frente do seu tempo, Coco Chanel antecedia as tendências com uma perspicácia social e estética fora do comum.
Primeiro, rebelou-se contra os espartilhos, estendeu a criação de acessórios e chapéus a roupa e, quase exclusivamente, começou a desenhar vestidos e calças de corte direito, um guarda-roupa feminino rebelde e quase provocatório, já que nesta época as calças eram destinadas unicamente aos homens.
Recordamos cinco peças que a moda nunca deixou de parte – pelo contrário, catapulta-as todas as temporadas para as campanhas, para os editoriais e finalmente para as prateleiras das lojas, reinventando-as ou não.
La petite robe noir. Estávamos em 1926 quando Chanel lançou esta que seria uma das suas peças mais icónicas, um vestido preto versátil e intemporal. Na altura apenas reservado a ocasiões fúnebres e ligado ao luto, o preto era uma cor pouco associada à moda. Numa referência ao Modelo T do carro de Henry Ford, muito popular e acessível e com a particularidade de estar apenas disponível em preto, a Vogue americana haveria de apelidar este vestido como o The Ford.
O fato em tweed. Nos anos 20 Gabrielle começa a desafiar as leis da moda e a inspirar-se na própria sociedade para lançar tendências antagónicas ao estilo da altura, tornando-se verdadeiramente especial. Foi também nesta época que começou a alimentar a sua paixão por joias e por peças em tweed ou em jersey que, em 1924, começou a mandar produzir numa fábrica escocesa, de sportswear a fatos ou casacos. Inspirada pelo conforto de uma das peças de sportswear que roubou a um dos seus famosos amantes, o Duque de Westminster, Gabrielle criou esta peça com a particularidade de lhe incluir o colarinho. Mas foi mais tarde, nos anos 50 e 60, que elevou os fatos em tweed ao estatuto da moda de autor, ainda hoje preservados (e reinventados) por Karl Lagerfeld, diretor criativo da maison, em todas as coleções.
Breton top. Um clássico do guarda-roupa francês, com riscas azul e brancas. O breton top define aquele que foi um dos lançamentos de Chanel nos anos 30, que o idealizou depois de uma visita à costa francesa. Porém, surgiu numa das primeiras coleções de inspiração náutica, em 1917, e tem sido usado ao longo de várias décadas, de James Dean a Pablo Picasso, de Kate Moss a Kate Middleton.