Máxima

Na Antiguidade e Idade Média, homens e mulheres usavam bolsas de pano, couro ou rede penduradas à cintura para transportar moedas, chaves e objetos pessoais. Com o tempo, as roupas masculinas começaram a incorporar bolsos, mas as femininas não tiveram essa sorte – razão pela qual ainda hoje fazemos uma grande festa quando descobrimos um vestido com bolsos – e a necessidade de bolsas externas manteve-se para as mulheres: resistentes e rudimentares para a classe baixa; delicadas, bordadas e em tecidos nobres para a classe alta. Aos poucos, aquelas pequenas preciosidades na mão de senhoras finas e com pele de alabastro, foram-se insinuando na psique feminina. Hoje, todas nós queremos ter uma mala linda, chique e sofisticada, uma mala que vire cabeças e seja alvo de cobiça. E quem diz uma, diz 20 – se o paraíso não incluir um closet cheio de it bags, não me convidem. 

Fashionphile: The Book of Iconic Bags, um volume recém-lançado pela Assouline, famosa editora de “coffee table books”, conta a história das 25 carteiras mais icónicas de todos os tempos. Um livro que nasceu da parceria entre a editora francesa e a Fashionphile, uma ultra-luxuosa plataforma online especializada na compra e venda de carteiras e acessórios de marcas famosas. 

Uma carteira de luxo é, ao mesmo tempo, um acessório de moda, um símbolo de status, um objecto de desejo, uma peça de coleção, uma forma de mostrar a identidade de quem a possui, um ícone da modernidade, e um excelente investimento. Não será pedir demasiado de uma coisa tão pequena? E como é que chegámos até aqui? Como é que passámos do utilitarismo para o aspiracional? Para tentar explicar esta evolução, a Fashionphile apresenta uma lista daquelas que considera as 25 carteiras mais influentes de todos os tempos. Não será um exagero dizer que carteiras exercem influência? É possível. Por outro lado, o mercado das carteiras de luxo movimenta muito dinheiro, e tudo o que movimenta dinheiro, já se sabe – tem influência. 

Selecionadas não apenas pela beleza e qualidade do trabalho artesanal, mas também pela sua relevância cultural, potencial de investimento, histórias ricas e misticismo duradouro, a lista inclui a Birkin e a Kelly, da Hermès, que batem recordes de preços e listas de espera, passando pelas Fendi Baguette e Saddle da Dior, imortalizadas por Carrie Bradshaw, em O Sexo e a Cidade, sem deixar de fora criações mais recentes e virais da Bottega Veneta e da Loewe.

Com imagens marcantes, histórias fascinantes e a visão especializada da Fashionphile, este livro é uma celebração da carteira como objeto cobiçado e símbolo intemporal de estilo. Tem 280 páginas cheias de fotografias lindíssimas, custa 120 euros e está disponível no site da Assouline.

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