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Máxima

Moda / Tendências

Uma "viagem alucinante" com uma faturação de mais de €1 milhão. O fenómeno da portuguesa Favorite People

Folcore é o nome da nova coleção da marca de roupa, inspirada na tradição portuguesa. À Máxima, Madalena Rugeroni, uma das fundadoras, revelou alguns detalhes e refletiu sobre três anos de sucesso exponencial.

As manas Rugeroni são os cérebros deste projeto nacional em grande expansão
As manas Rugeroni são os cérebros deste projeto nacional em grande expansão Foto: DR
05 de setembro de 2025 às 10:41 Maria Salgueiro

Chegou ao mercado sem timidez, fez há pouco tempo três anos. As jardineiras coloridas da Favorite People, com tamanhos para pequenos e graúdos, entraram com confiança pelos feeds de Instagram dos portugueses adentro. Uma comunicação descomplicada, mas madura, resultado de duas cabeças com uma sensibilidade natural para as vendas. Foi assim que, ano após ano, os rendimentos cresceram exponencialmente, a par de uma internacionalização a passos largos - já estão em 28 países, espalhados por cinco continentes. 

"No primeiro ano faturámos cerca de 42 mil euros, no segundo já estávamos acima dos 500 mil euros e no terceiro já estávamos acima de um milhão de euros”, conta à Máxima Madalena Rugeroni, uma de duas fundadoras. A segunda é a sua irmã, Rita Rugeroni, que durante muito tempo teve um percurso ligado à rádio, foi animadora da Comercial quase 14 anos, mas largou o estúdio para se dedicar à Favorite People a tempo inteiro. Rita não se juntou à chamada com a Máxima, estava no NorteShopping a montar a pop-up store que vai estar por lá instalada nos meses de setembro e outubro. Seguem-se outras duas, nas Amoreiras e no CascaiShopping, com arranque programado para novembro.

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A peça imaginada em colaboração com A Vida Portuguesa, inserida nesta coleção e cujo lançamento está marcado para 16 de setembro, não é a primeira do género, sublinha Madalena, assinalando parcerias com a Fnac, a Faber-Castell, a Gorilla. Desta vez, com uma coleção que quer celebrar símbolos do património cultural português, poucas coisas fariam mais sentido. A Vida Portuguesa surgiu como o aliado natural, um bastião do artesanato e da memória coletiva de todos nós. Vai ser na loja do Chiado, mesmo no dia do lançamento, que as manas Rugeroni vão receber alguns convidados para apresentar oficialmente a coleção Folclore e as jardineiras com andorinhas que nasceram desta colaboração, juntando influencers e amigos da marca num ambiente descontraído que promete "surpresas e atividades". A conversa aconteceu a poucos dias do lançamento da coleção.

É tendência agora tudo o que é tradicional, tudo o que é artesanal. Esse foi um bocadinho o ponto de partida para vocês pensarem nesta nova coleção?

Sim. Esta nova coleção chama-se Folclore e é inspirada na tradição portuguesa. Portanto, é uma coleção que celebra muitas cores, muitos símbolos, muitas memórias nacionais. No fundo, a portugalidade. Nós queríamos e tivemos sempre esta ideia de, eventualmente, traduzir Portugal num conceito que fosse além de roupa, porque a Favorite People não é só uma marca de jardineiras. Mas queríamos que fosse uma coleção que cruzasse um bocadinho a moda com o património cultural que nós temos. O verdadeiro desafio foi pegar em todos estes símbolos e memórias que fazem parte da identidade portuguesa e fazer isto de uma forma cool.

As manas Rugeroni são os cérebros deste projeto nacional em grande expansão
Foto: DR

Como é que conseguiram fazer exatamente isso? Ou seja, passar esses elementos para as vossas peças de roupa mantendo uma vibe cool, atual?  

Foi misturando estilos e utilizando uma comunicação - na imagem e nos vídeos [promocionais] - muito própria, com autenticidade. Quando lançarmos o vídeo da campanha, não tenho dúvidas nenhumas que vai ter um impacto bastante grande, porque conseguimos puxar aqui pelas emoções das pessoas ao mesmo tempo que, lá está, trazemos todos estes símbolos, desde Corações de Viana, Lenços dos Namorados, enfim, vários símbolos portugueses. Ao mesmo tempo, quisemos dar um ar um bocadinho mais arrojado e mais adulto à coleção. Seja pela maneira como fizemos o styling, seja pela forma como apresentamos todo o cenário por detrás. Fotografámos esta coleção em vários pontos do país, maioritariamente no norte , e daí também querermos lançar esta pop-up store no NorteShoppin. Fez sentido para esta coleção específica.

As manas Rugeroni são os cérebros deste projeto nacional em grande expansão
Foto: DR

Fale-me sobre a colaboração com A Vida Portuguesa.

Normalmente em todas as coleções temos parcerias com marcas diferentes. Já tivemos com a Faber-Castell, com a Gorilla, com a Fnac. E para esta coleção de Folclore fizemos uma parceria com A Vida Portuguesa. Criámos em colaboração com eles um macacão exclusivo bordado à mão com andorinhas. Esta peça é uma homenagem à ligação entre passado e presente através de um dos ícones mais reconhecidos que temos na nossa cultura popular. E fizemos em conjunto. Vamos ter um evento onde celebramos o lançamento da nova coleção e também esta parceria na loja d’A Vida Portuguesa do Chiado, em Lisboa.

Como é que foi pensar uma apresentação numa loja? Que desafios é que existem aqui e como é que isto foi gerido?  

A ideia é termos um momento em que possamos juntar as duas marcas, A Vida Portuguesa com a Favorite People, e dar a conhecer, de forma a termos um bocadinho mais de brand awareness, a coleção que foi inspirada em Portugal. É sempre um desafio quando planeamos algo físico, porque há muitos elementos e fatores a pensar, desde o catering às atividades que queremos fazer, aos gifts que queremos dar, aos convites que queremos enviar. Mas para já tem corrido tudo de uma forma muito smooth, com a ajuda da IF Comunicação. Vamos ter várias atividades a acontecer, mas não quero revelar já porque vai ser surpresa (risos).

As manas Rugeroni são os cérebros deste projeto nacional em grande expansão
Foto: DR

A Favorite People está presente em várias lojas multimarca. Têm algum espaço próprio permanente?

Só o nosso showroom, que está aberto ao público, no Monte Estoril, e que inaugurámos há relativamente pouco tempo [em junho deste ano]. Mas também estamos em vários lojistas pelo mundo inteiro. Temos cerca de 80 a 90 em vários pontos na Europa, na Ásia, nos Estados Unidos, até na Austrália.

As manas Rugeroni são os cérebros deste projeto nacional em grande expansão
Foto: DR

Já é possível fazer uma espécie de balanço destes três anos?

Tem sido uma viagem alucinante. Eu comecei quase mais nos bastidores, no sentido em que era sócia, mas tinha um full-time. E a minha irmã, na verdade, também tinha um full-time na rádio, mas ela acabou por largar o emprego mais cedo para se dedicar a 100% à Favorite People. Ao longo destes três anos tem sido impressionante a adesão que as pessoas têm tido. Nós no primeiro ano faturámos cerca de 42 mil euros, no segundo já estávamos acima dos 500 mil euros e no terceiro já estávamos acima de um milhão de euros. Foi ótimo ver que as pessoas se conectam com a marca, não só porque são produtos giros e coloridos, mas também porque isto tornou-se uma love brand muito rapidamente. Acho que é também pela forma como fazemos sentir as pessoas, pela nossa linguagem, pela nossa comunicação, pelo que transmitimos, porque há sempre um storytelling por detrás de tudo, nós não lançamos uma coleção só porque sim. Isso tem-se vindo a refletir também nos resultados a nível financeiro e a nível de expansão internacional. O nosso mercado número um é Portugal, mas já temos bastantes lojas e marketplaces interessados em trabalhar connosco, nomeadamente a Smallable, que é uma plataforma bastante conhecida, a Le Bon Marché que é em França, onde vamos começar agora a ter uma pop-up temporária. As galerias de Lafayette fizeram-nos uma proposta, mas acabámos por não aceitar. Isto acaba por ser muito gratificante, ver que já somos reconhecidos internacionalmente e que ainda temos espaço para crescer mais.

Vocês parecem ter as duas uma propensão muito natural para a comunicação e para o marketing.

A minha irmã é sempre uma mente muito criativa e adora essa parte. A minha experiência é mais na indústria de tecnologia, estive na Google, em várias startups, numa ótica de growth, que engloba também marketing, sempre em posições de crescimento e expansão. Acho que fizemos um mix bom, uma complementaridade que nos dividiu bem: eu um bocadinho mais na parte digital e na parte da internacionalização e expansão, e a minha irmã mais na parte de produção, criatividade e comunicação.

As manas Rugeroni são os cérebros deste projeto nacional em grande expansão
Foto: DR
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