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Moda / Tendências

Sarah Jessica Parker: back to the city

Será que é desta vez que Sarah Jessica Parker se descola definitivamente do papel de Carrie ou, por outro lado, haverá fundamento nos rumores do regresso de O Sexo e a Cidade? Dúvidas à parte, é certo que a atriz está de volta, à televisão e à cidade de Nova Iorque. Divorce é a nova série da HBO.

05 de dezembro de 2016 às 07:15 Máxima
Ícone de moda, mãe, esposa, estrela de cinema e de televisão.  Sarah Jessica Parker é tudo isto. Casada e feliz na vida real, está agora a lidar com as dificuldades da vida após um casamento falhado em Divorce, a nova série da HBO. Concebida como uma comédia, a série marca o seu regresso à televisão depois de O Sexo e A Cidade ter terminado a sua sexta temporada em 2004. Parker protagoniza Frances, uma mulher em processo de reconstrução depois de se separar do seu marido (interpretado por Thomas Haden Church, celebrizado por Sideways e Homem-Aranha). "Interessei-me por esta série por retratar o casamento e o divórcio, assim como a forma como esta mulher se sente perdida e só nesta fase da sua vida", diz Parker, de 51 anos. "É sobre a forma como ela sacrificou muitos dos seus sonhos com o objetivo de construir uma família e depois se sente dececionada pelo seu marido e a precisar de recomeçar."
Na vida real, a atriz e o seu marido, o ator Matthew Broderick, de 53 anos, mantêm-se unidos após 19 anos de casamento. Vivem em Nova Iorque com os seus três filhos ? James, de 13 anos, e as gémeas Marion e Tabitha, de seis anos. Embaixadora mundial da UNICEF, tornou-se a protagonista da campanha da nova linha vintage da Jordache Jeans e lançou a sua própria marca de sapatos, SJP Collection, à venda nas lojas Nordstrom e online. Recentemente, Parker foi uma das apresentadoras no Festival de Cinema de Tribeca, em Nova Iorque, onde aproveitou para declarar o seu apoio a Hillary Clinton na corrida presidencial norte-americana: "A Hillary é inquestionavelmente mais do que capaz", disse. "Ela dedicou toda a sua vida adulta ao serviço público. Acho-a impressionante, incansável. Tem uma extraordinária capacidade inata para as políticas públicas, um interesse enorme e real sobre questões de desigualdade, escolha individual, género, e em estudar a forma como o mundo tem evoluído."

"Agradou-me muito esta abordagem

ao divórcio enquanto um tema do

quotidiano e não apenas a quase

caricatura de ter duas pessoas em guerra."

Sarah, qual é a sensação de estar a gravar Divorce, que marca o seu regresso à televisão?
Tem sido maravilhoso trabalhar com a HBO outra vez. Estou a fazer produção executiva, assim como a desempenhar um papel na série, e está a ser uma nova experiência muito desafiante para mim. O papel [da Frances] é o de um tipo interessante de mulher para desempenhar porque nos permite explorar muitas das questões que envolvem o casamento, com as quais a maior parte das pessoas se poderá identificar, assim como todas as complicações que se seguem quando o casamento acaba. Também adoro os guiões e, por isso, é entusiasmante poder trabalhar num projeto como este e poder gravar em Nova Iorque outra vez.

Como é que surgiu a série?

Eu estou interessada por este género de histórias há vários anos e tinha estado a desenvolvê-la com a HBO, onde já tinha trabalhado anteriormente, n’O Sexo e a Cidade. Queríamos trabalhar num novo projeto e, depois de conhecer a Sharon Horgan [a atriz/escritora irlandesa que criou e atuou na série de TV Catastrophe], soube que tínhamos encontrado a pessoa certa para trabalhar connosco [escrever e coproduzir]. As suas palavras, o seu tom, as suas experiências humanas, o seu humor... Foi uma grande honra observar de perto a sua criatividade. Sou uma grande fã dela.
Depois encontramos o Thomas Haden Church para protagonizar a personagem do marido. Tivemos muita sorte por ele ter aceitado, uma vez que não fazia televisão há muito tempo.

"Vê-lo entrar num impasse é arrasador,

mas ao mesmo tempo libertador.

E, ao mesmo tempo, engraçado porque

às vezes é preciso ter sentido de humor

para sobreviver. De outra forma,

acabamos por desistir e morrer."

Trabalharam neste projeto durante bastante tempo. Porquê o tema do divórcio?
A Sharon é muito boa a escrever sobre relações humanas. Agradou-me muito esta abordagem ao divórcio enquanto um tema do quotidiano e não apenas a quase caricatura de ter duas pessoas em guerra – como vimos em séries como Dinastia ou a Guerra das Rosas. Gostava de ver, porque nunca o tinha visto antes [o que não deixa de ser quase chocante, quando pensamos nisso], como é que o processo se desenrola com pessoas comuns, que não têm bens nem uma grande fortuna em disputa. Em muitos casais da classe média estes podem ser processos demorados e desgastantes, que envolvem crianças e finanças, e emoções com as quais é preciso lidar. Há muitas coisas envolvidas, a começar pelo círculo de amigos e terminando nos advogados e mediadores envolvidos. Enfim, esta seria uma série a que gostava de assistir. Uma série não só sobre divórcio mas também sobre o próprio casamento.
É curioso assistir ao fim de um casamento desta forma amarga, mas ao mesmo tempo cómica... É quase chocante.
Nem é tanto o divórcio em si, que contas feitas é algo mais ou menos familiar para toda a gente, de uma forma mais próxima ou afastada. Depois de 17 anos de casamento, esta é uma oportunidade para este casal e para a minha personagem em particular se interrogar: qual é o meu papel nesta relação? Depois de muito batalhar, ela sente-se exausta e devastada por se encontrar nesta posição, até porque aquele casamento é o pilar da sua vida adulta. Vê-lo entrar num impasse é arrasador, mas ao mesmo tempo libertador. E, ao mesmo tempo, engraçado porque às vezes é preciso ter sentido de humor para sobreviver. De outra forma, acabamos por desistir e morrer.
Diz que o divórcio é algo com que todos estamos familiarizados, mas não está naturalmente a falar do seu caso... Todos conhecemos pessoas que passaram por isso, com diferentes tipos de intensidade. Os meus pais divorciaram-se quando eu era pequena. Além disso, falei com várias pessoas que passaram por esta experiência. Cheguei à conclusão que cada caso é um caso. Cada divórcio é único.

com escolhas.

Não necessariamente

as escolhas certas,

mas aquelas que funcionam."

Sendo casada com o Matthew [Broderick], é estranho para si observar essas realidades?
É muito raro encontrar paralelismos entre as minhas personagens e a minha própria experiência. Mas sim, continuo a viver um casamento feliz. Tenho tido 19 anos de complicações, de erros e aprendizagens, de descobrir aquilo que funciona connosco, de navegação a dois. Isto porque não há regras universais no que diz respeito ao casamento: uma pessoa é completamente diferente da outra e aquilo que funciona para uns pode não resultar para outros. Sempre achei isso fascinante: essa instituição que sobrevive há gerações e séculos, tida quase como uma coisa previsível e a verdade é que não há nada de previsível no casamento. Tem tudo a ver com escolhas. Não necessariamente as escolhas certas, mas aquelas que funcionam.
O seu casamento é um dos mais longos em Hollywood. Qual é o vosso segredo?
Nunca falarmos acerca disso [risos]. É a nossa relação e preferimos mantê-la privada, próxima dos nossos corações.
Depois de O Sexo e a Cidade tinha jurado que não voltava à televisão. O que mudou?
Gosto do processo televisivo, de contar uma história com uma certa rapidez, uma certa urgência, e de trabalhar com gente talentosa que o faz muito bem. Pareceu-me que era a altura certa. Além disso, esta personagem, a Frances, não tem nada a ver com a Carrie, aliás, são opostas.
Acha curioso que as pessoas ainda adorem imaginá-la como a Carrie?
É algo com que muitos atores vivem, especialmente no caso de uma série bem-sucedida que ficou no ar durante muito tempo... As pessoas tendem a confundir a nossa vida real com as personagens que desempenhamos e obviamente a Carrie tocou na sensibilidade do público. Mas, à exceção do facto de ambas adorarmos viver em Nova Iorque, não existem na realidade muitas semelhanças. Eu sou uma mãe trabalhadora que está casada há muito tempo e os meus filhos mantêm-me muito ocupada... Normalmente, também não uso saltos altos porque estou sempre a correr de um lado para o outro com os meus filhos.
Nova Iorque é um bom lugar para educar os seus filhos?
Nova Iorque é uma das cidades mais interessantes do mundo para educar crianças. Adoro poder observar as pessoas e sentir-me parte da cidade quando ando de metro. Adoro todos os diferentes bairros. Há tanto a acontecer aqui em termos de arte e cultura e é permanentemente estimulante. Penso que os meus filhos têm sorte em crescer aqui e beneficiar de tudo o que Nova Iorque tem para oferecer. É muito importante para mim vê-los tornarem-se curiosos e entusiasmados em fazer parte deste tipo de ambiente, tal como eu.
O que representa a família para si?
Eu cresci numa família grande e ter filhos e estar numa relação estável com o homem que amo é algo que me dá segurança e me faz sentir bem. Basicamente, resume-se a isso para mim. Os meus filhos dão-me muita felicidade e são o maior presente da minha vida.
É mais confortável estar envolvida numa série de TV, agora que as suas gémeas são mais crescidas?
Para mim, tem sido mais fácil do que para as mães trabalhadoras que trabalham num escritório cinco dias por semana e muitas vezes precisam de trabalhar até tarde. Eu posso escolher os projetos que quero e frequ

"Sempre gostei muito de sapatos

e resisti durante muito tempo à

possibilidade de criar a minha

própria coleção porque sabia que

teria de o fazer bem por haver

esta associação entre mim e

aquela personagem famosa

que desempenhei."

entemente estou em casa por longos períodos de tempo, que é um luxo que muitas mulheres não têm. Adoro poder proporcionar aos meus filhos uma rotina estável, ter o jantar pronto para eles e poder pô-los na cama todas as noites.

Acaba de protagonizar um filme sobre uma mãe que tem uma relação complicada com a filha adolescente e a sua viagem de carro juntas por Itália [Amor em Roma]. Como foi essa experiência?
Estava interessada em fazer uma comédia romântica à moda antiga e achei que a história era encantadora. Além disso, poder gravar em Itália, e em sítios como Perugia, foi um dos grandes incentivos. A comida é tão boa, a cultura, os museus, é um país tão bonito – eu adoro a Toscânia em particular. Também queria uma oportunidade de voltar a passar algum tempo em Roma.

Como foi a estadia em Roma?

Roma é uma das grandes cidades do mundo. Adorei lá estar. Andei muito de bicicleta com a Rosie [Day] que faz de filha da minha personagem e andamos por toda a cidade nas nossas bicicletas. Até fomos ao Vaticano e ouvimos o Papa.

É agora a porta-voz da campanha da Jordache Jeans. O que nos pode contar sobre essa experiência?

Quando surge uma oportunidade como esta, com uma marca que conheço desde pequena, que cobicei, e da qual tenho todo o tipo de memórias ligadas às suas campanhas, é verdadeiramente lisonjeador.

Também desenhou uma linha de sapatos feminina. É uma espécie de continuação do legado da Carrie?

A minha coleção é muito diferente. Eu queria criar sapatos que fossem sexy, confortáveis e com preços razoáveis para mulheres que trabalham com afinco para ganhar o seu dinheiro. Sempre gostei muito de sapatos e resisti durante muito tempo à possibilidade de criar a minha própria coleção porque sabia que teria de o fazer bem por haver esta associação entre mim e aquela personagem famosa que desempenhei. Beneficiei de ter trabalhado com o George Malkemus III, CEO da Manolo Blahnik, e as coisas em que insisti foram que os sapatos fossem feitos em Itália e que fossem sapatos que eu própria usaria, para uma mulher que trabalha e anda sempre atarefada, mas que não quer abdicar do glamour.
 
Divorce estreou a 10 de outubro e é exibida todas as quintas-feiras às 22h30 na TV Séries.
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